17/06/2017 às 09h43min - Atualizada em 17/06/2017 às 09h43min

Quem morre se engana

Por Gabriela Aguiar

Portal Corrente
Gabriela Aguiar

Quem morre se engana. Não passa o tédio, nem enaltece o drama daquele infinito particular ou coisa qualquer que inventaram para nos aprisionar. Apinhados entre barras de ferro, atados a nossos próprios instintos, caminhando por um percurso doloroso, atrozes e como lobos famintos.

Estamos destinados, será? A morrer de amores e trepidar na intensa chama que se aquece ao luar, num falecimento múltiplo e sem pudores de tudo o que nos foi ensinado para se preservar.

Mas para a nossa sorte, depois da morte indecifrável há sempre um ressurgimento. Como uma fênix, talvez. Aquela que ressurge das cinzas e joga beijos de esperança aos outros pássaros que sonham com a sua magnitude. Quem morre também revive.

Acontece com o nosso ciclo da vida, esse trapaceiro! Morremos e revivemos a cada novo dia. Adquirimos experiências (boas e ruins) e construímos uma vida nova. Com base em artefatos das outras vezes em padecemos.

Quem morre se engana ao achar que morrer é reviver sem nenhuma sombra do passado. Reviver é apenas uma forma de mostrar que se consegue conviver com todos os danos passados e tirar o maior proveito disso, um crescimento humano.

Nós morremos muitas vezes durante as nossas vidas. E renascemos infinitas vezes mais. Ainda bem!

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