Hoje estava pensando sobre a fé. Uma palavra minúscula que carrega um significado extenso, imenso, profundo e complexo. A palavra fé vem do Latim fides, fidelidade. Ela traz a opinião de que algo é verdadeiro sem necessitar de qualquer prova ou critério objetivo de verificação.
Não é sobre nenhuma religião ou sobre algum deus. É sobre pessoas, crenças e motivações. É sobre nós e a confiança que depositamos em alguma ideia, seja qual for a sua procedência ou transmissão.
É sobre acreditar que as coisas podem ser melhores, as pessoas podem surpreender para o bem e que o mundo ainda pode ter algum jeito. Se você acha que tudo isso é romântico e fantasioso demais é porque provavelmente perdeu a sua. E isso não é nada bom, porque se ausenta também um sorriso e uma beleza da vida.
Existe aquela fé em um deus, que acredita em você e sabe de todas as tuas capacidades. Que sabe perdoar e amar sobre todas as coisas. Tornando o impossível realidade, fazendo milagres com o simples dom do existir. Ou quem sabe reencarnar? Em gente, em bicho, em planta. Ou ainda virar luz, estrela, cosmo, sonho ou livro sagrado. Não interessa se esse deus é um, se são dois, ou se são vários. Se tem nome de elementos naturais, de planetas, de animais ou nomes pouco usuais. É o seu deus. E você é o dono da sua crença. Sua única obrigação é respeitar a dos outros.
Ter fé nas pessoas é algo mais universal. É ser solidário, ajudar os outros, fazer o bem e enfrentar momentos difíceis por acreditar que dias melhores virão. É ter razão para ser melhor, não em competição com os outros, mas consigo mesmo. Ser capaz de superar-se, dar o melhor de si. Reconhecer erros, assumir responsabilidades e compreender os outros como seres humanos, logo errantes também.
O importante nisso tudo é ter motivos para continuar, para acreditar nos outros, em você e em seu deus, mesmo que o seu deus seja você mesmo.
Tenham fé. Tudo vai se resolver, mesmo que demore um pouco, as coisas vão dar certo. E pensar positivo não é nenhuma bobagem.