12/04/2013 às 17h19min - Atualizada em 12/04/2013 às 17h19min

Vigilância Sanitária do Município reune-se com o Vereador Luiz Augusto

Entidade necessita de várias adequações urgentes

Portal Corrente

 

O vereador Luiz Augusto esteve reunido com a Vigilância Sanitária do município de Corrente, com o objetivo de ouvir as principais solicitações da entidade. que hoje encontra-se com o número de efetivos abaixo do necessário para efetuar uma fiscalização eficiente, devido à demanda do municipio. 

Segundo Luiz Augusto, hoje a Vigilância Sanitária não possui um Centro de Controle de Zoonozes, assim como não possui um médico veterinário no quadro efetivo. "Sabemos que a maioria das doenças são transmitidas por origem animal, e necessitamos com urgência adequar a Vigilância à necessidade do município. Se dispuséssemos de um Serviço de Inspeção Municipal, muitos produtores poderiam receber o selo e consequentemente comercializarem seus produtos de forma legal, autorizada, inclusive com as próprias prefeituras no fornecimento de alimentos ao município", ressaltou o vereador.

Os servidores da entidade colocaram que uma de suas maiores dificuldades em fiscalização são os açougues do município. "Tentamos colocar aos proprietários de açougues e supemercados a necessidade de se adequarem às normas vigentes, como instalação de cerâmica por todo o ambiente, utilização de materiais adequados e equipamentos de segurança, obrigatórios por lei, os chamados EPI's. De nada adianta o comerciante adquirir uma carne de boa procedência se ao chegar ao açougue ela é contaminada numa mesa de madeira, num corte que o funcionário faz na mão ou por armazenamento inadequado da carne", colocou Marcelo Nunes, fiscal. Eles colocam ainda que os comerciantes alegam que enquanto não houver um abatedouro publico no município eles não se sentem obrigados a seguir a lei, porém a entidade afirma que vai fiscalizar de forma ostensiva. "Primeiro fazemos uma visita educativa, onde orientamos as adequações a serem feitas, e posteriormente faremos então uma fiscalização. O problema é que a maioria dos estabelecimentos são reincidentes, e insistem em não se adequar. Estes sem dúvida serão multados", delarou a fiscal Lívia Valdete. 

Uma reivindicação urgente dos servidores é a elaboração de um plano de carreira. Hoje o salário equivale a um salário mínimo, mais insalubridade, sendo que todos os funcionários da entidade possuem nível de escolaridade superior, sem falar às adversidades a que são expostos, inclusive ameaças de morte e a própria responsabilidade em si da profissão. "Sem dúvida está na hora de pensarmos num plano de cargos e salários", colocou o vereador.

Outra questão é a estruturação da entidade no município, que hoje possui um computador doado pelo estado, e nenhum veículo de uso excusivo. A área física é inadequada, uma vez que quando são realizadas apreensões não há um local para depositar as mercadorias irregulares. "Semana passada fizemos uma apreensão grande, inclusive com mercadorias altamente perecíveis. Como não possuímos um veículo para transporte, a mercadoria teve que ficar armazenada na sede da vigilância. No outro dia estava insuportável permanecer lá dentro", relatou Valdemir Pereira Dias, Gerente. 

Um Plano de Ação está sendo feito para ser encaminhado ao Estado. Sem dúvida é necessária uma adequação, uma vez que a Vigilância Estadual e a Agência Nacional de Saúde (ANVISA) reconhecem a importância da Vigilância Sanitária e o município também o deverá fazer.

O vereador Luiz Augusto solicitou aos servidores um relatório de todos os estabelecimentos que recebem inspeção e com que frequencia, para elaborar uma lei a ser encaminhada para a apreciação da Câmara Municipal.

O telefone da Vigilância Sanitária para denúncias é 3573-1376.


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