01/01/2015 às 23h04min - Atualizada em 01/01/2015 às 23h04min

Em discurso de posse, Dilma afirma que educação será prioridade

Presidente anunciou lema “Brasil, pátria educadora” e lembrou de dinheiro oriundo do pré-sal para universalizar ensino

Carta Capital

A presidente Dilma Rousseff priorizará a educação em seu segundo mandato. A afirmação foi feita em seu discurso de posse nesta quinta-feira (1) no Congresso Nacional ao anunciar o lema do seu novo governo, “Brasil, pátria educadora”.

“O novo lema do meu governo, simples direto e mobilizador, reflete com clareza qual será a nossa prioridade, e sinaliza para qual setor seve convergir nossos esforços”, disse a presidenta. “Trata-se de emblema com duplo significado. Estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar em todas ações de governo um sentido formador.”

A presidente lembrou dos royalties da exploração do pré-sal, que deve ser destinado a melhoria da educação pública no país. “Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próximo. Democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis, da creche a pós-graduação.”

Durante mais de cinquenta minutos, Dilma reiterou diversas das suas propostas. Entre elas, falou da necessidade de uma reforma política e de um pacto de combate à corrupção. "Democratizar o poder significa lutar pela reforma política, ouvir os movimentos sociais e ouvir o povo para legitimar as ações do poder legislativo. Significa combater energicamente a corrupção," disse Dilma.

Dois dias após o anúncio de uma série de mudanças de regras, que dificultam a obtenção de benefícios como o seguro-desemprego, a presidenta afirmou que vai “provar que se possa fazer ajustes na economia sem tirar direitos conquistados ou trair compromissos sociais assumidos.”

A presidente Dilma Rousseff ainda citou uma série de medidas econômicas para retomar o crescimento, “como a redução do abismo tributário, que faz com os pequenos negócios tenham medo de crescer”. Por conta disso, a presidenta prometeu lançar uma terceira fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Temos hoje a primeira geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome”, disse, ao ressaltar que 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza nos últimos anos, sendo 22 milhões nos primeiros quatro anos de seu governo. Dilma lembrou ainda que milhões de brasileiros ascenderam à classe média, alcançaram emprego com carteira assinada e tiveram acesso à educação superior e à casa própria.

“A população quis que ficássemos porque viu o resultado do nosso trabalho compreendeu as limitações que o tempo nos impôs e concluiu que podemos fazer muito mais”, disse. “O povo brasileiro quer mudanças. É isso que vou fazer com destemor, mas com humildade, contando com o apoio desta casa e com a força do povo brasileiro”, completou.

A presidente também se referiu indiretamente à operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga suposta corrupção na Petrobras. Dilma falou da autonomia da Polícia Federal e disse que "temos muitos motivos para proteger a Petrobras de seus predadores internos e de seus inimigos externos.". Por fim, a presidenta lembrou do seu passado como militante contra a ditadura e encerrou com os versos “o impossível se faz já. Só os milagres ficam para depois”.

 

 


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