28/04/2015 às 22h10min - Atualizada em 28/04/2015 às 22h10min

Justiça concede liberdade aos acusados de explodirem caixas eletrônicos

Advogado de defesa afirma que os réus nunca tiveram passagem pela polícia

Portal Corrente

A juíza da Vara Única da Comarca de Cristalândia do Piauí, Mara Rúbia Costa Soares, concedeu a liberdade provisória aos acusados de participarem do assalto aos caixas eletrônicos no dia 17 deste mês naquele município. 

Na ocasião, os bandidos que explodiram os caixas eletrônicos, por volta das 3h da manhã, fugiram em um carro branco, encontrado às 17h do mesmo dia na zona rural do município de Formosa do Rio Preto, estado da Bahia. A Polícia Militar do Piauí, ao encontrar o carro, verificou que junto ao veículo estavam os quatro acusados, que foram presos em flagrante.

O promotor Rômulo Cordão afirma que, embora os acusados estivesse junto ao veículo, não há indícios suficientes que comprovem a sua participação no crime, conforme o parecer: "Outros elementos deverão ser analisados, como as imagens de segurança da agência bancária, depoimentos de testemunhas e a verificação dos antecedentes criminais, enfim, deve ser realizada uma investigação mais aprofundada, a fim de se ter conteúdo para responsabilização dos infratores".

Além do furto qualificado, um dos acusados foi indiciado pelo porte ilegal de arma, pois em seu bolso foram encontradas munições.

O advogado de defesa, Wanderson de Souza Nogueira, declara que seus clientes estavam na verdade mexendo no carro por curiosidade, mas que em hipótese alguma teriam participado do crime. "Os meus clientes são moradores da Lagoa de Cima,  zona rural de Formosa do Rio Preto, não possuem nenhuma passagem pela polícia e isso será comprovado na justiça. Dois dos acusados estavam em sala de aula no dia anterior, em uma escola dessa localidade, e o seu Ismar trabalhou na quinta e na sexta-feira em uma propriedade, conforme a declaração do proprietário.  A prisão foi precipitada e ilegal, pois não há provas de que eles participaram do crime", informou. 

Quanto às munições encontradas no bolso de um dos acusados, o advogado afirma que ele as teria pego de dentro do carro, encontrado abandonado. "Não negamos que ele não pegou as munições, de fato quando ele viu guardou algumas no bolso. Mas de forma alguma isso significa que eles tenham estado no local do crime".

Ainda de acordo com o parecer do Ministério Público, apenas os policiais militares do estado do Piauí foram ouvidos pela polícia civil. Apesar de não encontrar elementos que comprovem a participação dos acusados no crime, o promotor não descarta totalmente a hipótese de que os acusados possam ter prestado algum tipo de auxílio aos responsáveis pelos crimes, o que será apurado nas investigações. Na decisão da magistrada ela determina que os acusados, libertos no sábado,  cumpram o recolhimento diário domiciliar obrigatório até as 22h, até segunda decisão.


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