14/07/2016 às 11h00min - Atualizada em 14/07/2016 às 11h00min

Operação Déspota prende prefeito de Redenção do Gurgueia por esquema milionário de fraude em licitações

Prisões estão sendo executadas simultaneamente em todo o estado

Viviane Setragni
Portal Corrente

O Ministério Público do Estado do Piauí deflagrou na manhã desta quinta-feira (14) a Operação Déspota, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atua no município de Redenção do Gurgueia fraudando licitações relativas a realizações de obras e à prestações de serviços.

Em Redenção do Gurgueia foram presos o prefeito do município, Delano de Oliveira Parente Sousa, Audemes Sousa Nunes, secretário de Infraestrutura e pai do prefeito, o vereador Francisco Chagas, Julimar, um dos chefes do esquema, Arnilton, Luiz da Betoneira, Magnaldo, Romário, Arnon, Fátima e Benedito, além de três conduções coercitivas de Cintia, Mariara e Kassandra. Em Teresina foram presos advogados envolvidos no esquema, entre eles Igor Martins e Tiago.

 

De acordo com o coordenador da operação, o Promotor de Justiça Rômulo Paulo Cordão, após as investigações ficou constatado que os lucros obtidos de forma ilícita foram milionários, estimados em 17 milhões.

“Vislumbramos fortes evidências da prática de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, crimes contra as licitações e lavagem de capitais, mediante o superfaturamento dos preços, emissão de notas fiscais frias e utilização de empresas de fachada. Todos estes atos são praticados por uma organização criminosa que se instalou no poder, com participação efetiva do gestor municipal, vereador, presidente da comissão de licitação, secretários municipais empresários e advogados”, explica.

Além das prisões e conduções coercitivas, o Ministério Público e a Controladoria Geral da União também efetuaram buscas na prefeitura, com o objetivo de encontrar documentos e balancetes que comprovem os pagamentos às empresas fraudulentas. Cordão acrescenta ainda que operação desencadeará ivestigações em outros municípios, já que há indícios da ação fraudulenta das mesmas empresas.

A operação foi executada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da Polícia Civil do Estado do Piauí, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE), da Controladoria Geral da União (CGU) e da Polícia Militar do Estado do Piauí.

Onze promotores participam da Operação Déspota, que está sendo executada simultaneamente em diversas cidades do estado, e ainda com mais de 130 policiais.

Cobertura exclusiva: Portal Corrente e TV Clube

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