03/03/2017 às 22h35min - Atualizada em 03/03/2017 às 22h35min
Banco do Nordeste retira logomarca da agência de Santa Filomena
Por José Bonifácio Bezerra
Blog do José Bonifácio
O município de Santa Filomena, localizado no sudoeste do Piauí, 4º maior produtor de soja e 22º maior arrecadador de ICMS do Estado, vai mesmo perder a agência do Banco do Nordeste, que está sendo desativada antes mesmo de ser inaugurada. A agência BNB de Santa Filomena iria atender também Alto Parnaíba (3º maior produtor de soja do Maranhão) e Tasso Fragoso (maior produtor de soja do Maranhão).
Portanto, a comunidade filomenense, distante 220 quilômetros da agência de Corrente (PI) e que desde os anos 1970 reivindicava por esse marco histórico, não mais poderá comemorar a conquista da primeira agência bancária, com espaço amplo, guichês para atendimento ao público, sala de gerência e caixas eletrônicos.
Alegando "resposta a um cenário cada vez mais desafiador, no qual se exige a melhoria contínua da produtividade e da eficiência das instituições", o desastroso Governo Temer determinou, por meio do Conselho de Administração do BNB (Banco do Nordeste do Brasil S/A), a desativação de 19 agências e a não abertura das agências previstas, como, no caso, a de Santa Filomena, no sudoeste do Piauí.
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| Agência do Banco do Nordeste em Santa Filomena (PI) deveria ter sido inaugurada desde abril de 2016 |
CADÊ NOSSOS REPRESENTANTES? Como já havíamos previsto em postagem anterior, faltou mobilização da nossa representação política. Cobramos uma Audiência Pública, que seria o primeiro passo em defesa da manutenção da agência bancária pioneira, a qual deveria ter sido convocada pela Câmara de Vereadores de Santa Filomena, mas não aconteceu. O Legislativo deve explicações à sociedade!
Também não temos conhecimento de que alguma autoridade municipal tenha se manifestado oficialmente, cobrando um posicionamento do governador Wellington Dias e da bancada federal piauiense (deputados e senadores) sobre essa nefasta idéia do Governo Temer, que ataca os bancos públicos e afasta políticas sociais.
Amargamos uma grande derrota, talvez a maior da história. Os que deveriam se mover, em defesa do interesse de Santa Filomena, parece que fizeram pouco caso com o fato; não se manifestaram, não se esforçaram. Todos nós perdemos com a inércia dos nossos políticos detentores de mandatos eletivos. Desse jeito, não se vai a lugar nenhum. Nem para frente, nem para trás, nem para um dos lados. A sensação é a de que nós, de Santa Filomena, estamos completamente sozinhos.
