O promotor Rômulo Cordão está afastado temporariamente da chefia do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele está na Itália fazendo um curso de pós-graduação em crime organizado e terrorismo.
De acordo com o promotor, seu afastamento em nada tem relação com o áudio vazado no começo da semana, onde Rômulo Cordão desabafa sobre a aprovação da PEC nº 02/2016, que exclui a possibilidade de promotores se candidatarem ao cargo de Procurador-Geral de Justiça.
"Eu estou fazendo um curso na Itália e ele já estava programado bem antes de isso acontecer", disse o promotor ao Cidadeverde.com.
Comanda o Gaeco durante o afastamento de Cordão, a promotora de Justiça Luana Azerêdo, que já fazia parte da equipe. Ele só retorna ao Brasil no final de junho.
Rômulo Cordão voltou a dizer que o áudio foi um simples desabafo por conta da aprovação da PEC pela Assemebleia Legislativa do Piauí (Alepi).
Com a aprovação, o projeto segue para sanção do governador Wellington Dias (PT). Contudo, os promotores prometem ingressar com uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF).
O Ministério Público do Piauí é formado por 171 membros, sendo 20 procuradores e 151 promotores. Com a PEC, apenas os 20 procuradores poderão concorrer ao cargo de Procurador Geral de Justiça do Estado.
