19/08/2013 às 12h21min - Atualizada em 19/08/2013 às 12h21min

Heráclito Fortes concede entrevista ao Portal Corrente

Ex-senador fala sobre eleições 2014 e divisão do estado

Viviane Setragni
Portal Corrente
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O ex-senador Heráclito Fortes já está confirmado como candidato a Câmara Federal nas eleições de 2014, tendo apenas indefinido ainda se permanece no DEM ou se mudará de partido. Com o desafio de voltar às urnas, o já confirmado candidato se depara com uma nova realidade - a possível diminuição de cadeiras da bancada federal no Congresso Nacional.

Em visita à cidade de Gilbués, no último dia de Festejos do município, Heráclito Fortes concedeu uma interessante entrevista, onde temas como eleições 2014 e divisão do estado do Gurguéia foram abordados.

Portal Corrente: O senhor já está decidido a participar das eleições do próximo ano?

Heráclito Fortes: Sim, eu vou disputar uma cadeira na câmara federal. Eu até pensei que fosse deixar a política, mas a política não me deixa.

PC: A eleição está ganha?

HF: De forma alguma, é uma eleição muito difícil até mesmo porque ainda não sabemos se teremos uma disputa por oito ou por dez vagas. As perspectivas são boas, pois todos reconhecem a necessidade de o Piauí ter uma representação mais expressiva no Congresso; nós estamos muito carentes neste sentido. Necessitamos de voz afirmativa e de independência, e não de vozes que apenas digam amém ao governo, até mesmo porque ele (governo) tem sido muito omisso. É preciso que o estado do Piauí tenha voz para reclamar o que o Piauí precisa.

PC: E para governador, qual a sua perspectiva?

HF: Eu tenho acompanhado Silvio Mendes, pois o perfil dele é o perfil que o brasileiro quer no momento. Um homem sério, trabalhador, com cabeça jovem e sem afetações. Tem experiência administrativa, como demonstrou quando prefeito de Teresina. O Piauí cansou de promessas que não se concretizam. Nós estamos vendo nossos vizinhos crescendo e o Piauí continuou parado.

PC: A realidade do extremo sul do Piauí é ainda pior, dentro desta realidade que o senhor aborda, tanto que há o movimento separatista.

HF: Eu sou favorável à separação. Lamentavelmente, este assunto tem sido tratado apenas em vésperas de eleição e de maneira demagógica. Eu acho que nós temos que ter um processo como foi feito no estado do Tocantins e do Mato Grosso. Na realidade, um grupo de trabalho deveria ser criado visando a criação do novo estado;  e este grupo de trabalho, baseado em dados concretos, iniciar um diálogo com o governo federal para mostrar a real necessidade da separação. Nos estados em que foram divididos demonstraram ao longo do tempo que foi muito bom para o Brasil, a exemplo do Tocantins. O Piauí tem este perfil, até mesmo porque o sul do estado não é uma região pobre, muito pelo contrário, é uma região rica que precisa ser descoberta. Nas viagens que tenho feito aos outros estados, São Paulo, Rio, Minas Gerais, as pessoas têm se demonstrado encantadas com a riqueza que aqui há. Então eu acredito que essa divisão permitirá que dois irmãos siameses caminhem juntos, propiciando o desenvolvimento da região.

PC: Caso a divisão não vire realidade, o que o senhor acha que é necessário para o desenvolvimento do extremo sul do Piauí?

HF: O que é necessário é a infraestrutura. A infraestrutura ferroviária é fundamental e a Transnordestina terá posteriormente um braço de ligação com o Maranhão, e há a possibilidade de fazer uma ramificação, ligando com o estado do Tocantins. Nós temos que ser otimistas e temos que trabalhar por isso. Otimismo não constrói nada, o que constrói é trabalho. 


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