Um caso de pedofilia tem causado grande indignação nos moradores da pequena cidade de Riacho Frio, localizada a 58 km do município de Corrente, região extremo sul do estado do Piauí. Um professor do ensino fundamental da rede municipal de ensino teria aliciado a sua aluna, em meados de 2016, e tido relações sexuais com ela.
A família teria sido pega de surpresa quando a menina, na época com 13 anos, apareceu grávida. A denúncia foi feita no Conselho Tutelar da cidade, que prestou auxílio a família e orientou sobre os procedimentos necessários para encaminhar a denúncia aos órgãos competentes.
Durante as investigações descobriu-se que o professor aliciava a menina de diversas formas, inclusive através de mensagens de texto e bilhetes. “Ele sempre falava que iria separar da esposa para casar-se com ela. Ele tinha uma casa em construção e levou ela lá para que ela tivesse a certeza da separação”, conta uma pessoa da família. Quando a menina engravidou, ela percebeu que o professor a havia enganado e que não iria casar com ela.
Com a gravidez a família descobriu o relacionamento com o professor, e pior, teve ainda conhecimento de que outro homem também a havia seduzido, aproveitando a sua fragilidade por causa da situação.
Munida com as provas, a família fez a denúncia na delegacia. As provas incluem as mensagens de texto, os bilhetes e até foto do professor nú, enviada por ele à menina.
Os colegas de trabalho do professor se dizem indignados e constrangidos com a situação. “Ele deveria ter a postura de educador, mas é um criminoso, é um absurdo”, afirma um dos professores, que não quis se identificar.
Com base na denúncia oferecida pelo Ministério Público, a justiça decretou a prisão preventiva dos acusados.
Com prisão decretada desde junho deste ano , o professor de iniciais R.B.M. apresentou-se na 10ª Delegacia Regional de Corrente na penúltima semana de julho, acompanhado por advogado, onde encontra-se preso. Ele nega a acusação.
O outro acusado Sebastião Pereira de Souza, conhecido como Tião, continua foragido. “Indiferente do consentimento ou não da menina, os dois são acusados de estupro de vulnerável”, explica o delegado Leandro Damasceno.
O acusado permanecerá recluso até nova decisão da justiça. O caso corre em segredo de justiça.