10/10/2017 às 10h55min - Atualizada em 10/10/2017 às 10h55min

Bom Jesus recebe a 10º edição do Festival de Rabecas com música, dança e artistas locais

O festival vem se consolidando como um dos eventos culturais mais importantes do estado

CCOM

Com o intuito de preservar e disseminar a tradição da rabeca (instrumento musical), o Festival de Rabecas de Bom Jesus completa 10 anos. A iniciativa teve como principal inspiração o mestre rabequeiro Joaquim Carlota, filho de Bom Jesus, cidade localizada a 632 km ao sul de Teresina. O músico toca desde os 12 anos e é autodidata.

“Nosso objetivo desde o início foi preservar essa tradição tão antiga da rabeca e repassar esse conhecimento às novas gerações. Além disso, o festival esse ano também terá oficinas grafite, dança, bonecos e várias outras do circuito cultura viva”, conta o secretário estadual de Cultura, Fábio Novo.

Instrumento musical da família das cordas, a rabeca é precursora do violino, mas diferente do instrumento erudito, nasceu nos terreiros e se consagrou com a cultura popular. Em Bom Jesus, o instrumento encontrou mãos e talento de sobra para celebrar a música e as manifestações culturais do sul do Piauí. O festival que celebra a rabeca chega a sua 10ª edição este ano e já colhe os frutos deixados na cidade.

Outras artes ganharam espaço com o evento, possibilitando o acesso gratuito de crianças e jovens do município a oficinas de dança, teatro e outros instrumentos musicais. O município ganhou o Espaço Cultural Mestre Joaquim Carlota que se tornou o local fixo para as oficinas permanentes e também para a primeira orquestra de rabecas do Brasil, formada por jovens de escolas públicas. 

Diversos artistas já passaram pelo palco do festival que recebeu ao longo desses anos nomes consagrados da música brasileira. O palco principal recebe nessa 10ª edição o piauiense Chambinho do Acordeon, as cantoras Solange Almeida, Margareth Menezes, Joelma, entre outros shows.

O professor e bailarino Francisco Rodrigues participa desde os 11 anos e ressalta a importância do evento para a cidade. “Participo desde a primeira edição. Esse evento só me traz aprendizado, experiência e é através dele que posso transmitir a arte com a dança. Hoje sou professor e fico feliz por este ano estar com 70 alunos, entre crianças e adolescentes, que podem aproveitar essa oportunidade da mesma forma que aproveitei”, diz Francisco.

A programação desse ano mantem a cultura popular como foco principal, com apresentação dos mestres rabequeiros, da orquestra de rabecas e vários grupos no palco principal Joaquim Carlota.  O palco do Queijinho recebe o resultado de oficinas permanentes, que acontecem durante todo o ano, e das oficinas do circuito Cultura Viva, que já passou pelas cidades de São João do Piauí, Cristino Castro e Uruçuí. Serão oferecidas oficinas de audiovisual, hip hop, grafite, libras, entre outras que acontecerão nas escolas públicas de Bom Jesus.

O 10º Festival de Rabecas é uma realização da Associação de Filhos e Amigos de Bom Jesus com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Cultura e patrocínio da Caixa Econômica e do Governo Federal.


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