23/02/2018 às 12h30min - Atualizada em 23/02/2018 às 12h30min

Fundo europeu vai financiar construção de 300 unidades habitacionais no Piauí

O programa deverá funcionar nos moldes do Minha Casa Minha Vida

CCOM

O governador Wellington Dias se reuniu, nesta sexta-feira (23), em Lisboa, Portugal, com advogados e representantes de fundos de investimento italianos de Turim, Maurizio Cortese e Rosalba Tubere, para a assinatura de minuta de contrato para projetos na área habitacional. A previsão é de que, inicialmente, sejam construídas 300 unidades habitacionais por meio de parcerias com o fundo europeu em um projeto piloto, nos parâmetros do programa Minha Casa Minha Vida.

A parceria do governo com o fundo de investimentos vem sendo trabalhada desde o ano passado, quando Dias esteve em agenda na Itália, e busca  alternativas para a limitada cota que Piauí vem tendo no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

“Essa experiência inicial é voltada para servidores públicos, que tenha a participação de privado com privado, com a utilização de fundos de pensão e fundos de investimento empresarial da Europa, da Itália especialmente, e que permitem com esses investimentos movimentar a construção civil, gerando emprego e renda, dando solução com a construção de apartamentos, de habitações, para quem não tem moradia”, explicou o governador.

De acordo com o governo, a possibilidade é de que, nesta fase inicial prevista para ser implementada ainda em 2018, sejam investidos aproximadamente € 150 milhões, o equivalente a R$ 600 milhões. O contrato é fruto do diálogo do governo com a Caixa Econômica Federal, a Construção Civil, a Agência de Fomento, a Agência de Habitação, e as secretarias da Fazenda e Desenvolvimento Econômico.

Recursos federais que deverão ser repassados para o Piauí também foram tratados na conversa com o fundo europeu, como atrativo para o estado. “Representantes do fundo também manifestaram interesse sobre o programa de securitização brasileiro e isso permite antecipação de recursos para investimentos com base na garantia de créditos que o Estado tem com a União. Foi uma reunião muito positiva”, avaliou Wellington.

"Há, nesse instante, um volume significativo de recursos, especialmente aqui na Europa e, do outro lado, nós temos uma demanda muito grande no Brasil por investimentos nessa área de habitação", finalizou o governador. Além dos representantes italianos, participou da reunião com o governador do Piauí o secretário da embaixada Brasil em Lisboa, Rafael Azevedo.

Paredes de Couras

Nessa quinta-feira (22), em cidade do interior de Portugal, o Governo do Piauí celebrou dois importantes termos, um deles com o governo de Portugal, voltado para o compromisso no programa Portugal Mata Verde, operacionalizado na mesma modalidade do programa Ativos Verdes Piauí.

Com a parceria, que envolve ainda o programa Brasil Mata Verde, o Piauí receberá créditos que vão permitir sua participação na plataforma do mercado para a captação de recursos em “ativos verdes”. Segundo o governador, nessa fase inicial, o Estado poderá captar até R$ 1 bilhão.

“É uma experiência nova, não pode haver nenhum ufanismo, assim como lá atrás iniciávamos as primeiras experiência com Parcerias Público Privadas (PPPs), também neste caso é um aprendizado e, por isso, é importante estar integrado com programas semelhantes no Brasil e na Europa. Isso abre um mercado importante”, avaliou Dias.

De maneira desburocratizada, o setor privado poderá comprar do Estado do Piauí títulos , também chamados de créditos floresta. “São regiões que serão preservadas como floresta nativa e os investidores que causam algum dano ambiental ou que fazem algum desmatamento em relação aos seus investimentos, pagam por isso. Para garantir a preservação dessas áreas e também para reflorestamento”, informou o governador. Inicialmente, o Piauí inventariou uma área de 100 mil hectares para o programa Ativos Verdes Piauí.   


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