11/01/2014 às 22h35min - Atualizada em 11/01/2014 às 22h35min

Certificação internacional do Piauí como região livre da febre aftosa depende da vacinação do rebanho

Produtores têm até o dia 30 de janeiro para realizar a vacinação

Portal Corrente; foto: Cristiano Setragni

Por Viviane Setragni

Já foi iniciado o calendário de vacinação contra a Febre Aftosa do ano de 2014. Todos os pecuaristas têm o prazo até o dia 30 de janeiro para vacinar o rebanho, e até o dia 15 de fevereiro para realizar a certificação.

De acordo com o Coordenador Regional da Agêndia de Defesa Agropecuária do Piaui - ADAPI, Uendel Moreira Lino, em entrevista ao programa Voz do Gurguéia, a vacinação do rebanho é indispensável para a mudança de status classificatório do Piauí, de área livre com vacinação para área livre da doença, com certificação internacional. “A partir da segunda quinzena de fevereiro será realizada uma auditoria em nossa região, com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e médicos veterinários da OIE (Organização Internacional das Epizootias), que farão a verificação e o andamento da vacinação. Esta auditoria será classificatória e fará o reconhecimento da área livre, com certificação internacional, caso seja constatada a vacinação completa do rebanho. Então a responsabilidade dos produtores é muito grande, pois com a certificação o Piauí poderá comercializar seu rebanho com todo o país, sem a necessidade da realização de quarentena, como é obrigatório hoje, sem falar na possibilidade de comercialização internacional da carne, como ocorre em mais de 15 estados da federação”, declarou.

Uendel destaca ainda que o ganho econômico para a região do extremo sul do Piauí será imenso, pois além de aumentar as possibilidades de comercialização o preço pago será muito mais alto, gerando uma lucratividade maior. “Voltaremos à situação de 10 anos atrás, quando a economia da região estava aquecida. Hoje o produtor vive uma situação difícil, com poucas possibilidades de comercialização”, enfatizou.

O custo de uma vacina é de R$ 1,50 (um real e cinqüenta centavos) e deve ser adquirido nos estabelecimentos cadastrados. O controle é extremamente rígido, com relatórios realizados diariamente pelos comerciantes e confirmado pela ADAPI, de forma aleatória, para constatar a realização da vacinação. Além disso, diariamente os veterinários da ADAPI visitam as propriedades rurais e fazem o acompanhamento.

O Coordenador Regional da Agência também destacou as novidades que estão sendo implantadas no estado. ”Estamos implantando o Sistema de Integração Agropecuária (Siapec), que irá centralizar todas as informações referentes aos cadastrados e agilizar os processos de emissão de documentos, como o Guia de Transporte Animal (GTA)  a Declaração de Abate na Propriedade (DAP), e a própria certificação do rebanho, que antes demandavam certa burocracia e agora são emitidas imediatamente”, esclareceu. O sistema também foi integrado, desde o dia 3 de janeiro,  à Plataforma de Gestão Agropecuária, do MAPA, que tem por objetivo realizar o registro de todas as operações agropecuárias do País, desde os dados de cada propriedade até o registro do transito de animais do país.

A entrevista foi concedida no dia 9 de janeiro, nos estúdios da Rádio Cerrado. Ouça de segunda à sexta o Programa Voz do Gurguéia, na Rádio Cerrado, 92,1 FM, a partir das 17h30min.


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