16/08/2021 às 19h22min - Atualizada em 16/08/2021 às 19h22min

Funasa e Serviço Geológico do Brasil assinam acordo para ampliar estudos sobre águas subterrâneas

Piauí será o primeiro estado a receber as ações.

ASCOM
Na última sexta-feira (13), o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) assinou um acordo de cooperação com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que vai ampliar o acesso aos dados sobre os poços tubulares no país, por meio do intercâmbio de informações e apoio técnico entre as duas instituições do governo federal. Os dados de poços tubulares da Funasa serão cadastrados no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) do SGB-CPRM, que disponibiliza informações sobre as captações de águas subterrâneas no Brasil para estudos de disponibilidade hídrica. As ações terão início no Estado do Piauí.
 
A Funasa é uma instituição federal ligada ao Ministério da Saúde, responsável em promover a saúde por meio de ações de saneamento básico e saúde ambiental. Segundo Alice Castilho, diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB-CPRM, a parceria abre uma série de possibilidades para a empresa, principalmente na área de hidrogeologia. O acordo do SGB-CPRM com o órgão prevê a cooperação técnica na análise de processos de poços, identificação de mananciais para abastecimento público, identificação de áreas para disposição de resíduos sólidos, análises de qualidade da água e compartilhamento de espaços.
 
O SIAGAS constitui um banco de dados com cerca de 350 mil poços cadastrados, enquanto que a RIMAS compõe uma rede de monitoramento dos níveis da água subterrânea em todo o país, com 409 pontos de acompanhamento. As águas subterrâneas mostram-se mais resilientes às variações climáticas e à evaporação do que as águas superficiais, garantindo um abastecimento de água mais seguro. Diante da crise hídrica que assola o Brasil, os reservatórios podem ser a solução para o abastecimento público. A disponibilidade em qualquer tempo, somada à geralmente boa qualidade natural, boa proteção à contaminação, baixo custo de produção e grande flexibilidade na implantação dos sistemas de captação, tornam essas águas subterrâneas um recurso estratégico.
 
Novo estudo
 
Na próxima terça-feira (24), o SGB-CPRM vai lançar um relatório sobre a água subterrânea disponível no país, mais especificamente na região que hoje é afetada pela estiagem. A unidade ambiental mais impactada pela seca é a bacia hidrográfica do rio da Prata, formada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, que abrange parte dos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul (em sua totalidade) e Mato Grosso, cujo território engloba áreas das sub-bacias do Paraná e do Paraguai.

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