04/09/2021 às 15h56min - Atualizada em 04/09/2021 às 15h56min

Aprosoja Piauí comemora o avanço da regularização de áreas no cerrado

Ascom
Imagem ilustrativa (reprodução/internet)
Após longos anos de trabalho e produção, uma área de mais de 4.500 hectares, na região do cerrado teve finalmente o reconhecimento de domínio sacramentado pelo Interpi (Instituto de Terras do Piauí).  Os documentos são referentes a áreas pertencentes a 10 produtores diferentes, mas todos do distrito de Nova Santa Rosa, em Uruçuí, 456 km de Teresina.  

“É um avanço enorme e representa muito para o produtor. E só está sendo possível após a reformulação da legislação e de um trabalho conjunto do setor produtivo, legislativo, judiciário e do governo”, ressalta Alzir Neto, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Piauí, Aprosoja Piauí. A conclusão dos processos junto ao Interpi já foi publicada no Diário Oficial do Estado, no último dia 27 de agosto.

Uma emenda a Constituição do Piauí, aprovada em 2019, modernizou a legislação fundiária do Piauí e possibilitou que muitos produtores rurais pudessem enfim regularizar suas áreas tendo o reconhecimento da Fazenda Pública.

Segundo o Interpi a ausência de comprovação da correta mudança da propriedade coloca numa linha de incerteza se a área pertence ao estado ou não. “ O reconhecimento de domínio tem a pretensão de afastar essa a insegurança jurídica que paira sobre boa parte dos registros de imóveis piauienses”, explica o presidente do Interpi, Chico Lucas.

São várias as exigências da lei para que os imóveis tenham documentação regularizada. Entre elas estão a de que o proprietário demonstre a prática de cultura efetiva no imóvel e a observância da legislação ambiental, em especial quanto às áreas de reserva legal e preservação permanente e também que o imóvel não se sobreponha a territórios tradicionais.   ”Não se trata apenas de o órgão público reconhecer o direito do produtor aleatoriamente. A legislação pela qual a Associação lutou rechaça a figura do especulador e do grileiro. Estamos avançando e temos que reconhecer o trabalho que vem sendo feito” acrescenta Alzir Neto.  

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