A produção agrícola piauiense gerou em 2020 o valor de R$ 6,1 bilhões na lavoura temporária. Dez municípios da região do cerrado são responsáveis por 76% deste valor (R$4,5 bilhões) da produção agrícola do Piauí.
As cidades de Baixa Grande do Ribeiro, Uruçuí, Bom Jesus, Ribeiro Gonçalves, Santa Filomena, Currais, Gilbués, Monte Alegre do Piauí, Sebastião Leal e Palmeira do Piauí estão localizadas no sul do Piauí, na região de cerrado que tem o destaque na produção de soja, milho e algodão. Os dados são da Produção Agrícola Municipal - PAM que foi divulgada esta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“O resultado reforça mais uma vez a importância da região para a economia do Piauí e também o seu destaque nacional”, afirma Alzir Neto, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja Piauí). Em 2020 a área colhida de soja foi de 757.678 hectares, de milho 466.232.
Apesar de toda essa geração de riqueza e incremente do PIB do Piauí ficam exatamente na região do cerrado os municípios que menos recebem investimentos públicos, em especial na infraestrutura.
A pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2020 divulgada esta semana trouxe o dado de que a área com plantio de soja expandiu 120% em dez anos no Piauí, mas não só a expansão da área plantada mantém os bons resultados do setor no Piauí. Pesquisas para melhoria de produtividade e a aplicação de novas tecnologias também garantem que o agronegócio do Piauí seja um dos mais modernos do Brasil.
O emprego de tecnologias e estudo para garantir mais produtividade com menor uso da adubação química é cada vez mais intenso entre os produtores da região. O mais recente investimento nesse objetivo é uma parceria com a Universidade Federal de Rondonópolis que tem por a integração lavoura- pecuária. O controle de pragas com uso de defensivos biológicos também já é empregado no Piauí por alguns produtores. Fazendas em Baixa Grande do Ribeiro e Sebastião Leal já possuem suas próprias biofábricas.
