O Tribunal de Justiça do Piauí concedeu prisão domiciliar ao jornalista Arimatéia Azevedo, preso há mais de um mês na Penitenciária Irmão Guido, por um crime que não cometeu.
A audiência ocorreu na manhã desta quarta-feira (24) de forma virtual e foi presidida pelo desembargador Joaquim Dias de Santana Filho, relator do processo, que votou favorável a prisão domiciliar do colunista do Portal AZ junto ao desembargador Manoel de Sousa Dourado e o juiz convocado Antônio Lopes.
“O relator trouxe o entendimento de que Arimatéia Azevedo era merecedor de prisão domiciliar por causa das comorbidades que ele apresenta, por causa do histórico médico dele. Essa prisão domiciliar precisa do monitoramento eletrônico”, explicou o advogado Paulo Germano. Na decisão, os magistrados determinaram que Arimatéia Azevedo não poderá exercer a profissão de jornalista.
A defesa informou que recorrerá, pois é a fonte de renda e, portanto, meio de sobreviência do profissional.
"É muito grave o entendimento de que ele não poderá exercer a profissão enquanto durar o processo. Então, a defesa entende que isso é inconstitucional até porque como ele vai se manter? Se esse é o trabalho dele. Ocorre que a maneira como ele sobrevive é como jornalista há 50 anos. Vamos discutir isso nos tribunais superiores ingressando com recurso, além disso não há comprovada existência de extorsão", declarou o advogado de Arimatéia.