18/02/2022 às 13h44min - Atualizada em 18/02/2022 às 13h44min

Professores da rede municipal de ensino de Corrente fazem protesto em defesa de direitos trabalhistas

Viviane Setragni
Portal Corrente
Os professores da rede municipal de ensino de Corrente realizaram, na manhã desta sexta-feira (18/02), uma manifestação nas principais ruas da cidade para protestar contra a possível retirada de direitos trabalhistas já adquiridos, além de reivindicar a implantação do reajuste do piso salarial. A manifestação teve início na Praça Joaquim Nogueira Paranaguá e, depois de percorrer as principais ruas da cidade, culminou com a chegada na sede da prefeitura municipal e da câmara legislativa.

Contando com o apoio do Sindicato Municipal dos Profissionais em Educação do Extremo-Sul do Piauí (SIMPESPI), os professores defendem a seguinte pauta:
  • reajuste imediato de 33,24% do piso salarial, conforme decreto do Governo Federal;
  • pagamento do adicional noturno aos vigias, benefício que já estava no contra-cheque dos profissionais mas que foi retirado sem prévio aviso;
  • Implantação da insalubridade das zeladoras e merendeiras, direito aprovado pela justiça em primeira e segunda instâncias, e que aguarda decisão da terceira instância, para a qual a gestão recorreu novamente;
  • estruturação adequada das escolas;
  • melhores condições de trabalho para todos os profissionais de educação, já que diversas escolas não foram reformadas e não apresentam condições de trabalho.
 

 
Além das questões elencadas, um dos pontos de maior conflito, segundo o presidente do SIMPESPI, o professor José Adalto, é a reformulação do Plano de Cargos e Salários dos profissionais da Educação, com a supressão de direitos já adquiridos aos profissionais que forem contratados posteriormente. "Não concordamos com a retirada de direitos, não concordamos com esse plano apresentado. Na prática o que vai acontecer é que futuros professores não irão querer ingressar na educação do município, não aceitamos!", defende.

Outro ponto polêmico, segundo o professor, é a previsão de inclusão dos servidores já aposentados na contribuição para o fundo previdenciário, em projeto a ser apresentado em breve pelo executivo aos vereadores do município. "Como é que esses servidores que já contribuíram a vida inteira para se aposentar vão ter que contribuir novamente, nós não aceitamos, de forma alguma, essa mudança", colocou José Adalto.

A manifestação realizada na manhã de hoje contou apenas com a participação dos professores, mas os profissionais da educação já planejam a realização de novas manifestações, com o apoio dos outros profissionais da área. 








 
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