Os professores da rede municipal de ensino de Corrente realizaram, na manhã desta sexta-feira (18/02), uma manifestação nas principais ruas da cidade para protestar contra a possível retirada de direitos trabalhistas já adquiridos, além de reivindicar a implantação do reajuste do piso salarial. A manifestação teve início na Praça Joaquim Nogueira Paranaguá e, depois de percorrer as principais ruas da cidade, culminou com a chegada na sede da prefeitura municipal e da câmara legislativa.
Contando com o apoio do Sindicato Municipal dos Profissionais em Educação do Extremo-Sul do Piauí (SIMPESPI), os professores defendem a seguinte pauta:
reajuste imediato de 33,24% do piso salarial, conforme decreto do Governo Federal;
pagamento do adicional noturno aos vigias, benefício que já estava no contra-cheque dos profissionais mas que foi retirado sem prévio aviso;
Implantação da insalubridade das zeladoras e merendeiras, direito aprovado pela justiça em primeira e segunda instâncias, e que aguarda decisão da terceira instância, para a qual a gestão recorreu novamente;
estruturação adequada das escolas;
melhores condições de trabalho para todos os profissionais de educação, já que diversas escolas não foram reformadas e não apresentam condições de trabalho.
Além das questões elencadas, um dos pontos de maior conflito, segundo o presidente do SIMPESPI, o professor José Adalto, é a reformulação do Plano de Cargos e Salários dos profissionais da Educação, com a supressão de direitos já adquiridos aos profissionais que forem contratados posteriormente. "Não concordamos com a retirada de direitos, não concordamos com esse plano apresentado. Na prática o que vai acontecer é que futuros professores não irão querer ingressar na educação do município, não aceitamos!", defende.
Outro ponto polêmico, segundo o professor, é a previsão de inclusão dos servidores já aposentados na contribuição para o fundo previdenciário, em projeto a ser apresentado em breve pelo executivo aos vereadores do município. "Como é que esses servidores que já contribuíram a vida inteira para se aposentar vão ter que contribuir novamente, nós não aceitamos, de forma alguma, essa mudança", colocou José Adalto.
A manifestação realizada na manhã de hoje contou apenas com a participação dos professores, mas os profissionais da educação já planejam a realização de novas manifestações, com o apoio dos outros profissionais da área.