19/02/2015 às 18h55min - Atualizada em 19/02/2015 às 18h55min

Defensor público é preso por corrupção

Defensor cobrava de R$ 2.500 a R$ 5 mil por serviços que a defensoria pública oferece gratuitamente

Portal AZ

O defensor público do município de União, Adriano Moreti Batista, foi preso na manhã desta quinta-feira (19), por policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) dentro da Defensoria Pública no bairro dos Noivos em Teresina . Segundo o delegado Carlos Cesar, havia um processo em tramitação com o pedido de prisão preventiva do defensor, deferida pelo Desembargador Edvaldo Moura.

Adriano Moreti Batista foi preso sob a acusação do crime de corrupção ativa. O defensor estaria cobrando propina por serviços que seriam gratuitos na defensoria. 

De acordo com o delegado geral Riedel Batista, as investigações contra o defensor são antigas. “É uma prisão fruto de investigações antigas. O pedido de prisão preventiva dele foi emitido na sexta-feira (13) passada e cumprida nesta quinta-feira (19)”, detalhou.

O delegado Carlos Cesar informou que a prisão foi tranquila e que o defensor não agiu contra a polícia. Além da prisão, está sendo realizado por equipes da Greco busca e apreensão na casa do defensor e em seu escritório na Defensoria Pública no município de União. 

Segundo o delegado da divisão de Combate à Corrupção do GRECO, Kleidson Ferreira, o defensor cobrava de R$ 2.500 a R$ 5 mil, por serviços que a defensoria pública oferece gratuitamente.

“As pessoas não tinham condições de pagar, mas faziam esse esforço de efetuar o pagamento na esperança de ter seus pleitos judiciais atendidos. As ações eram variadas, ações criminais, ações de natureza civil”, explicou o delegado.

No total, três pessoas foram vítimas do defensor, mas a polícia acredita que depois da divulgação do caso, mais vítimas venham a aparecer. “Três pessoas foram vítimas. Ele tinha cobrado cinco mil reais de cada uma. Elas pagaram e não tiveram suas ações julgadas procedentes e por isso foram reclamar.”, informou o delegado Kleidson Ferreira.

 


“Hoje foi feita uma prisão preventiva, em um segundo inquérito policial instruído contra ele. O 1º inquérito policial foi instalado em julho de 2014 através de uma requisição da promotora de Justiça de União, Giane Vieira, que recebeu vítimas reclamando que haviam pagado quantias de dinheiro para o defensor e que as causas não tinham tido resolução”, explica Carlos César Camelo.
 


O advogado de Adriano Moreti Batista, Jurandy Porto (foto acima) afirmou que ainda não teve acesso total ao caso e que a defesa de Moreti vai ser baseada na alegação de inocência. Em depoimento a polícia, Adriano Moreti Batista acusa ainda sua secretária de receber propina.


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