O deputado Fernando Monteiro (PTB) defendeu a mudança que o governo está propondo para o IAPEP, que é o desmembramento da gestão em relação à Saúde, pois o Piauí é o único estado onde uma mesma gestão cuida dos dois problemas. Ele disse que é inadmissível o governo ficar o tempo todo injetando recursos no Fundo de Previdência. Disse também que antes de 2004 os recursos da Previdência iam todos para a conta única do Estado, daí ter sido criado o Fundo de Previdência. "Hoje, o déficit da Previdência é no valor de R$ 35 milhões", frisou
Para Fernando Monteiro, se houver uma demanda judicial contra o repasse do Estado para o Fundo de Previdência, a situação poderá ficar caótica. Ele estimou que com a separação da Previdência da gestão de saúde o gestor não sofrerá pressão por parte das clínicas. O deputado Antônio Félix (PSD) sugeriu que seja adicionado um percentual para o patronal, no caso dos terceirizados. Ele disse que apresentará projeto nesse sentido.
O deputado Joel Rodrigues (PTB) elogiou o orador pela abordagem do tema, dizendo acreditar no êxito da mudança de gestão no Fundo Previdenciário. O deputado João de Deus (PT) citou um exemplo obtido junto ao comando da Polícia Militar, em que o número de militares a serem aposentados este ano é equivalente ao de concursados convocados (400).
Para o deputado Dr. Pessoa (PSD), é sabido que no passado houve desvio nos recursos da previdência, e que se isso ainda existe é preciso "tapar essa porteira". O deputado Severo Eulálio Neto (PMDB) disse ser necessária a tomada de uma medida, mas o ideal seria que o IAPEP não ficasse subordinado a outro órgão. Ele considera errado a administração da Previdência ser vinculada à Saúde.
O deputado Cícero Magalhães (PT) afirmou que a Previdência é um problema nacional, por conta da longevidade das pessoas, o que ele considera muito bom. Para ele, a reforma proposta pelo governo do Piauí, com gestão especial, fará com que o segurado tenha mais benefícios.
Raimundo Cazé - Edição: Caio Bruno