09/09/2015 às 23h06min - Atualizada em 09/09/2015 às 23h06min

Aneel aprova reajuste de 5,53% na conta de luz no Piauí

Os novos valores serão aplicados para 1,1 milhão de clientes da companhia que atua nos 224 municípios do Estado

Diario do Povo
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem, durante reunião pública, o reajuste tarifário da Companhia Energética do Piauí, distribuidora da Eletrobras no Piauí. Para os consumidores residenciais, a alta média (baixa tensão e alta tensão) será de 5,53%, já para a indústria (alta tensão) a elevação média será de 6,54%. Para os consumidores de baixa tensão, reajuste de 5,26%.
 
O assunto havia entrado na pauta de reuniões da diretoria da agência no dia 28 de agosto, mas não pôde ser julgado porque a empresa se encontrava inadimplente com encargos do setor elétrico. A situação, de acordo com a Aneel, foi regularizada.
 
Para os consumidores residenciais (Classe B1), o índice será de 5,22 %. Os novos valores serão aplicados a partir da publicação da resolução homologatória, que deve ocorrer nos próximos dias. Os novos valores serão aplicados para 1,1 milhão de clientes da companhia que atua nos 224 municípios do Estado. 
 
O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).
 
Ao calcular o reajuste, a agência considera a variação de custos que a empresa teve no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais.
 
Em fevereiro deste ano, a Aneel já havia autorizado um reajuste de 3,2% para o Piauí. O estado teve o quarto menor reajuste entre todos os estado do país. Na ocasião, a média do aumento no país ficou em 23,4% e o Rio Grande do Sul recebeu o maior reajuste: 39,5%.
Bandeiras tarifárias- O desligamento das térmicas permitiu uma redução de 18% no valor cobrado pela bandeira vermelha, que passou de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. A bandeira vermelha mostra que o custo para gerar energia no país está elevado, resultando em cobrança extra.
 
No caso da tarifa paga pelos consumidores residenciais, a Aneel calcula que redução média na conta de luz deverá ser de 2%.
O sistema de bandeiras tarifárias, em vigor desde o início do ano, permite o repasse mensal aos consumidores de parte do gasto extra das distribuidoras com o aumento do custo da eletricidade.
 
A cor da bandeira é impressa nos boletos das contas de luz e sinaliza o real custo de produção da energia no país. Se a cor é verde, a situação está normal e não há cobrança de taxa. Amarela, cobra-se R$ 2,50 para cada 100 kWh de energia consumidos. Desde o início do ano é a bandeira vermelha - com cobrança maior - que vigora no país.
 
Custo de produção- o custo de produção de eletricidade no país vem aumentando principalmente desde o final de 2012, com a queda acentuada no armazenamento de água nos reservatórios das principais hidrelétricas do país.
 
Para poupar água dessas represas, o país vem desde aquela época usando mais termelétricas, que funcionam por meio da queima de combustíveis e, por isso, geram energia mais cara. Isso encarece as contas de luz. Entretanto, também contribui para o aumento de custos no setor elétrico o plano anunciado pelo governo ao final de 2012 e que levou à redução das contas de luz em 20%.

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