Repercutiu nesta terça-feira (11) na Assembleia Legislativa do Piauí, a aprovação por maioria folgada - 366 votos a favor, 11 votos contra e duas abstenções - da Proposta de Emenda Constitucional 24, que congela os investimentos públicos por 20 anos. O líder do Governo, deputado João de Deus (PT), lamentou que os brasileiros não tenham a dimensão do que essa PEC representa para os trabalhadores.
“Essa é mais uma das medidas que faz parte do saco de maldades do presidente Temer, que chegou ao poder da forma como chegou, pela porta dos fundos, através de um golpe, e hoje coloca em andamento um conjunto de medidas que foram rejeitadas pelas urnas em 2014. Essa PEC acaba com o reajuste do salário mínimo, que vai se limitar a repor as perdas salariais com a inflação, acaba com o Plano Nacional da Educação, com os investimentos em saúde nos próximos 20 anos”, reclama João de Deus.
Os deputados Aluísio Martins (PT) e Dr. Pessoa apartearam o discurso do orador, para também questionar a PEC, que penaliza o trabalhador, quando poderia reduzir juros, cobrar impostos sobre as grandes fortunas, os lucros dos banqueiros.
“Porque começar pelos mais sofridos, os trabalhadores, os pobres? Porque não cortar os grandes salários, cobrar mais impostos sobre as grandes fortunas? Mas não. O governo prefere cortar os direitos dos trabalhadores e eu não posso concordar com isso”, reagiu Dr. Pessoa.
João de Deus afirmou que na contramão do que prega, de redução, de moralização dos gastos, o governo Temer aumentou os valores pagos para “a mídia chapa branca”, que teve reajustado em mais de 600% o que recebe do governo federal.
A PEC 241 precisa ser aprovada em uma segunda votação na Câmara e em mais duas votações no Senado.
