16/01/2017 às 11h59min - Atualizada em 16/01/2017 às 11h59min

Prefeito, vice, vereadores e suplentes podem ser cassados no município de Bom Jesus por fraude

Todos os 11 vereadores eleitos e até suplentes foram denunciados por fraude na eleição

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Quatro ações judiciais que tramitam no cartório eleitoral da 15ª zona, no município de Bom Jesus, pedem a cassação dos 11 vereadores eleitos, os respectivos suplentes, e do prefeito eleito de Bom Jesus, Marcos Elvas (PSDB), além da da vice-prefeita eleita Cledja Benvindo (PSD). Levantamento realizado junto ao cartório eleitoral de Bom Jesus consta que existe uma ação de investigação judicial eleitoral e três ações de impugnação de mandato eletivo.

As ações versam sobre fraudes em cota de gênero onde mulheres foram candidatas apenas para preencher a cota feminina. Os casos envolvem pai e filho, maridos e esposas e tia com sobrinha concorrendo aos mesmos cargos de vereadores. Suplentes que ajuizaram as ações dizem que tem candidatas laranja que não abriram contas bancárias para a movimentação financeira, não participaram de atos de campanha e muito menos confeccionaram material de propaganda demonstrando que se trata de candidaturas fictícias configurando fraude e estelionato eleitoral.

As ações citam Maria Helena Bonifácio dos Santos, que foi candidata pelo DEM e teve zero voto. Outra, Teresinha Rodrigues dos Santos, foi candidata pelo DEM, mas nem sequer se afastou do emprego de professora da rede estadual de Bom Jesus, para concorrer.

Josué Parente Lustosa Elvas Sobrinho por duas eleições se afasta por 90 dias para trabalhar na candidatura do filho, Nestor Renato Pinheiro Elvas. Já Marilza dos Santos Pereira por duas eleições é candidata para preencher a cota feminina e ajudar o esposo, Cosme Clementino Cavalcante a se eleger.

Jackeline Almeida dos Santos foi candidata e segundo a denúncia, foi para ajudar na cota feminina e a eleger o marido, Murilo Miranda.

Outra ação eleitoral solicita a cassação do prefeito Marcos Elvas e de sua vice por caixa dois durante a campanha, doações de campanha por servidores municipais em cargos comissionados, uso de servidores comissionados em atividades de campanha e caminhadas durante o expediente, contratação excessiva e demissão de servidores durante o período eleitoral, promiscuidade entre fornecedores da campanha e fornecedores da Prefeitura Municipal de Bom Jesus.

Há também a citação de outros ilícitos eleitorais caracterizando abuso do poder político, econômico e captação ilícita de sufrágio. As ações pedem a impugnação dos mandatos e a inelegibilidade por oito anos de todos os eleitos e suplentes na cidade de Bom Jesus. Os vereadores das duas coligações de vereadores de Marcos Elvas em retaliação solicitaram a impugnação dos outros vereadores eleitos pelas outras coligações.

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