11/01/2019 às 11h54min - Atualizada em 11/01/2019 às 11h54min

Chineses vão explorar 10 mil quilates de diamantes por mês em Gilbués

Meio Norte

Grupo empresarial chinês, associado com israelenses, está explorando uma mina de diamante no município de Gilbués (815 km de Teresina). O secretário estadual de Mineração, Gás, Petróleo e Energias Renováveis, André Quixadá, afirmou que a DM Mineração é uma mineradora multinacional com capital chinês, israelense e brasileiro e está devidamente licenciada e regulamentada. A partir de agora, já tem licença para explorar efetivamente os diamantes da região.

A DM Mineração investiu US$ 25 milhões em equipamentos e o empreendimento irá gerar 300 empregos de forma direta e indireta. A previsão de extração é de 10 mil quilates de diamantes por mês. As pesquisas começaram há dez anos, mas agora a produção começou.

“Os diamantes de Gilbués já possuem certificação internacional, ou seja, foram devidamente caracterizados, sendo possível a individualização de suas características mais específicas, permitindo que sejam reconhecidos em qualquer lugar do mundo. O que estou querendo dizer é que os diamantes encontrados em Gilbués são únicos, o que agrega mais valor ao produto”, afirmou o secretário estadual André Quixadá.

Segundo ele, fato que merece destaque é que o método de exploração a ser utilizado é o menos agressivo ao meio ambiente, com pouca utilização de água e o máximo respeito à fauna e flora local.

“A atividade mineral na região irá trazer um grande desenvolvimento para o município e, consequentemente, para o Estado, visto que, além do recolhimento dos impostos e encargos da atividade, a região se tornará atraente para novos investimentos”, adiantou André Quixadá.

André Quixadá afirmou que foram descobertas reservas de esmeraldas nas regiões de Gilbués, São Raimundo Nonato e Pedro II, enquanto há reservas de diamantes também no município de Monte Alegre.

O diamante de Gilbués tem características e qualidades só encontradas da região e únicas no mundo”, falou André Quixadá.

Piauí é o 17º Estado do Brasil em requerimento de pesquisas de minérios

Em seu estudo “Geologia e Recursos Minerais da Folha Riacho Queimadas”, o geólogo Magno de Sá Freitas afirma que, segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Estado do Piauí, de 2002 a 2007, ocupou, em média, o 17° lugar no ranking nacional de requerimentos de pesquisa.

Segundo ele, essa ascensão do Piauí no ranking nacional foi devido, em grande parte, aos pedidos de requerimentos de pesquisa de minério em geral, em especial os de ferro (mais de 40% do total de requerimentos), seguido pelo fosfato destinado ao uso de fertilizantes.

Magno de Sá afirma que foram cadastrados 17 novos recursos minerais das mais diferentes classes utilitárias, assim como checados seis recursos anteriormente já cadastrados, totalizando 23 (vinte e três) pontos,     distribuídos como 4 ocorrências de granito, 2 ocorrências de ferro, 3 de níquel, 1 de cobre, 3 ocorrências de arenito, 2 de areia, 4 (quatro) de quartzito, 2 (duas) de mármore, 1 de amianto e 1 de pegmatito.

Essas reservas se encontram distribuídas em minerais metálicos (um jazimento e duas ocorrências de níquel, um jazimento de ferro, correspondendo ao ferro e níquel laterítico da Serra do Bacamarte, e um indício de cobre já cadastrado na literatura; insumo para agricultura, uma ocorrência de metacalcário na localidade denominada Caieira, município de Lagoa do Barro do Piauí; materiais para a construção civil (três ocorrências de arenito compacto e silicificado); duas ocorrências de granito industrial, um sendo retirado informalmente para brita e pedra de calçamento e o outro com potencial para uso como rocha ornamental; outra ocorrência se refere a um veio de quartzo (quartzito), sendo explotado informalmente para uso em construção civil local; um depósito de amianto, atualmente soterrado, onde o local virou uma bacia de rejeito, e rochas e minerais industriais (duas ocorrências de mármore).

A região da Folha Riacho Queimadas localiza-se no Sudeste do Estado do Piauí. Foram mapeadas áreas do município de São Francisco de Assis do Piauí, de área próxima da cidade de Lagoa do Barro do Piauí, São João do Piauí e regiões da bacia do rio Parnaíba.


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