11/02/2019 às 15h08min - Atualizada em 11/02/2019 às 15h08min

Jornalista Ricardo Boechat morre em queda de helicóptero em São Paulo

Aeronave caiu na via do Rodoanel e acabou se chocando com um caminhão. O piloto da aeronave também morreu. Motorista do veículo foi levado ao hospital

Correio Braziliense
O jornalista Ricardo Boechat morreu, aos 66 anos, na queda de um helicóptero no Rodoanel, em São Paulo, no início da tarde desata segunda-feira (11/2). Boechat estava voltando de Campinas, onde tinha ido dar uma palestra. 
 
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o piloto também morreu na queda. A aeronave se chocou com um caminhão. O motorista do veículo foi socorrido pela concessionária da rodovia, a CCR. Boechat voltava a São Paulo após dar uma palestra em Campinas, no interior do estado.
 
O acidente foi no Km 7 do Rodoanel, sentido Castelo Branco, próximo a um posto de cobrança de pedágio. Testemunhas disseram à Polícia Militar de São Paulo que, aparentemente, o piloto tentou pousar na rodovia e acabou sendo atingida pelo caminhão. 

Vídeos postados nas redes sociais mostram que a aeronave pegou fogo depois da queda (assista abaixo). Pouco depois das 13h, o Corpo de Bombeiros informou que as chamas foram apagadas. Ao todo, 11 carros de resgate foram enviados ao local. 

 
Bombeiros recolhem peças do helicóptero que caiu na Anhanguera, em São Paulo(foto: TV Globo/Reprodução )
 
A notícia abalou a equipe da rádio Band News FM, onde Boechat era comentarista. Sem condições de trabalhar, os profissionais chegaram a interromper a transmissão. Nas redes scoiais, vários jornalistas e admiradores lamentaram a morte e prestaram homenagem ao colega.

Ainda não se sabe o que causou o acidente. O modelo da aeronave é um BELL PT HPG, construído em 1975, e pertencia a uma empresa de táxi aéreo. A via foi interditada para o resgate. Segundo a CCR, os motoristas têm como opção acessar a Anhanguera sentido São Paulo e retornar no Km 18 para seguir sentido Jundiaí/Campinas.

Carreira de sucesso

Filho de diplomata, Boechat nasceu em Buenos Aires, em 13 de julho de 1952. Deixa a mulher, Veruska Boechat, e seis filhos. Um dos mais renomados jornalistas do país, passou pelas redações dos jornais O Globo, O Dia, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. 
 
Atualmente, trabalhava no Grupo Bandeirantes, onde era âncora de telejornal e comentarista no rádio do grupo. Também tnha uma coluna na Revista IstoÉ. 

Boechat ganhou diversos prêmios, incluindo três Esso, o mais respeitado do jornalismo brasileiro. No Prêmio Comunique-se, foi o Único a ganhar em três categorias (Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV). Em 2014, em uma eleição da qual participaram profissionais da mídia, foi eleito o jornalista mais admirado por seus pares.

 
A carreira começou em 1970, no extinto Diário de Notícias, no Rio de Janeiro, colaborando com a coluna de Ibrahim Sued. Em 1983, transferiu-se para O Globo, veículo no qual se tornaria um dos jornalistas mais influentes do país, após se tornar titular da coluna Swann, rebatizada mais tarde com o seu nome. 
 
Foi ainda, por seis meses, titular da Secretaria de Comunicação Social do Estado do Rio, no governo Moreira Franco. Publicou o livro Copacabana Palace – Um hotel e sua história (DBA, 1998), que resgatou a trajetória do hotel mais famoso do país.

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