25/07/2019 às 20h04min - Atualizada em 25/07/2019 às 20h04min

Estudantes de Corrente participaram do 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes

RAUIRES SANTOS, JHESYKA MORGANY E PATRÍCIA AMORIM.
Portal Corrente
Estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e Instituto Federal do Piauí (IFPI) participaram do 57° Congresso da União Nacional dos Estudantes - que aconteceu em Brasília entre os dias 10 e 14 de julho - ao lado do Movimento Correnteza que faz oposição à majoritária da UNE representada pela UJS que há mais de 20 anos está à frente da entidade. Nesse contexto, participar do maior congresso de estudantes da América Latina, na conjuntura que o país se encontra é uma oportunidade de ajudar a reconstruir a UNE para que ela possa efetivamente defender os interesses dos estudantes e da classe trabalhadora frente aos ataques do governo federal que usa de toda sua artilharia para destruir as universidades públicas e retirar direitos dos trabalhadores. Por isso entende-se que debater o ensino superior em Corrente-PI a nível nacional é essencial para garantir e aperfeiçoar a qualidade da universidade pública em nossa cidade.

Este congresso da UNE contou com a participação de mais de dez mil estudantes de todo país que elegeram a nova diretoria da entidade que à presidirá até o ano de 2021. O Movimento Correnteza teve como pauta “a preocupação dos estudantes com o futuro da educação em todos os níveis escolares, a estabilidade entre os poderes da república e o futuro do atual governo até o cuidado do meio ambiente, democracia e a segurança pública.”

Outrossim, na programação do congresso houveram varias plenárias acerca de temas como racismo, feminismo, LGBTfobia, educação superior, reforma da previdência, além de outros temas de relevante importância. Também, dentro da programação do congresso, estudantes e trabalhadores marcharam até o congresso nacional contra a reforma da previdência e em defesa da educação pública.

Os frutos colhidos nesse congresso, será de grande importância para reafirmar a luta por uma educação gratuita e de qualidade que estudantes do IFPI e UESPI já protagonizaram em movimentos tais como “A UESPI SE NEGA À MORRER”, “SOS UESPI”  e  “TIRA A MÃO DO MEU IF” que foram destaques da luta estudantil na cidade de Corrente e em todo o Brasil.
 
Os estudantes de Corrente participaram do Congresso foram Rauires Santos (Direito/UESPI), Patrícia Amorim (Direito/UESPI), Gabriel Alves (Pedagogia/UESPI) e Jhesyka Morgany (Gestão Ambiental/IFPI).
 
Gabriel Alves - "Eu tive honra de obter experiências enriquecedoras que contribuíram na minha militância estudantil e ativismo pela educação. Um congresso que ficou eternizado, pelas novas amizades, por conhecer os espaços da UnB, contato com diversidades, conhecimento da realidade política e educacional do nosso país, pelo show cultural da Duda Beat, pelas plenárias do Movimento Correnteza/Nordeste no alojamento do IFB – Campus Riacho Fundo e fazer parte de um movimento estudantil que vão à luta por nossos direitos em meio a tantos cortes na educação".

Patrícia Amorim – "O 57° CONUNE foi histórico pela questão de seu contexto histórico-social do governo Bolsonaro. Estudantes e trabalhadores unidos para debater pautas do atual rumor da educação, reforma da previdência, direitos humanos, ação dos movimentos sociais e discussões sobre políticas públicas. A resistência da educação e a força estudantil mostra-se ainda mais alerta e mobilizada contra o enfraquecimento da democracia".     
 

Sobre a União Nacional dos Estudantes (UNE)

A UNE é a entidade máxima dos estudantes brasileiros e representa cerca de seis milhões de universitários de todos os 26 Estados e do Distrito Federal.

A universidade é um ambiente onde a juventude brasileira tradicionalmente se organiza em torno de visões, opiniões e vontades comuns. Movimento Estudantil é o nome desse processo que envolve tanto a organização de uma festa como participação numa passeata, a criação de uma empresa júnior ou a representação política para debater o país.

Em meio a esse processo, os estudantes vão se organizando em entidades representativas como DAs (Diretórios Acadêmicos), CAs (centros acadêmicos), DCEs (diretórios centrais), uniões estaduais de estudantes e executivas nacionais de cursos. A união destas organizações forma, há mais de 82 anos, a UNE. 

 

Participação

A UNE organiza-se, basicamente, em três instâncias deliberativas: o Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEB), que reúne os diretórios acadêmicos (DAs) e centros acadêmicos (CAs) so Brasil; o Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG) , que agrega os diretórios centrais de estudantes (DCEs) e executivas nacionais de cursos; e o Congresso da UNE (CONUNE), formado por todas as entidades e também por todos os estudantes que desejarem, de maneira livre, participar.

O CONUNE, que acontece a cada dois anos, é a maior instância do movimento estudantil brasileiro. Durante o congresso, elege-se a nova diretoria da UNE e são tomadas decisões sobre os rumos da entidade.
 
Também é possível participar da UNE e do movimento estudantil de outras formas. A principal e a própria colaboração em cada DA, DCE ou qualquer outra entidade representativa dos estudantes, debatendo os problemas locais e propondo soluções.

A UNE também realiza encontros nacionais temáticos, como o Encontro de Estudantes Negro e Cotistas e o Encontro de Mulheres. Outra grande atividade é a Bienal da UNE, voltada principalmente para a área da cultura, com mostras universitárias e convidadas de música, cinema, artes visuais, literatura, artes plásticas e artes cênica. Em muitas universidades, a UNE atua também a partir do Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA). 


 
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