Está marcado para esta quarta-feira, 13 de novembro, o júri popular do ex-deputado federal pelo Acre, Hidelbrando Pascoal Nogueira Neto e o ex-policial Raimundo Alves de Oliveira. A sessão terá início às 10h na comarca de Parnaguá. Hidelbrando é acusado de ser o autor intelectual da morte de José Hugo Alves Júnior, conhecido como Huguinho. O crime ocorreu em janeiro de 1997, na região de Parnaguá.
A sessão de julgamento foi confirmada pelo juiz José Sodré Ferreira Neto, que indeferiuo requerimento da Defensoria Pública para que o julgamento fosse adiado.Foram designados para a defesa de Raimundo Alves de Oliveira os advogados Dr. Edson Luiz Guerra de Melo e o Dr. Vamberto Ribeiro Rocha.
Hildebrando Pascoal, hoje com 67 anos, está preso no Acre, onde foi condenado a mais de 100 anos de prisão por crimes como homicídio, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Entenda o caso
Huguinho é acusado de ter matado o subtenente Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando, com um tiro no ouvido, após discussão num posto de gasolina, no dia 30 de junho de 1996. Agilson Firmino dos Santos, o Baiano, teria ajudado Huguinho a fugir.
Hildebrando Pascoal, com auxílio do primo Aureliano Pascoal, então comandante da Polícia Militar do Acre, mobilizou a corporação para vingar a morte do subtenente. De acordo com a denúncia do Ministério do Piauí, Huguinho foi localizado e sequestrado por Hildebrando, em janeiro de 1997, na fazenda Itapoã, em Parnaguá. De lá, foi levado para o município de Formosa do Rio Preto (BA), onde foi torturado e assinado, sem chances de defesa e com requintes de crueldade.
Pascoal havia distribuído no Acre cartazes de “procura-se” com a fotografia de Mordido em que oferecia R$ 50 mil em dinheiro por informações que o levassem ao assassino de seu irmão.
Pela morte de Baiano, assassinado com uma motosserra, Hildebrando foi condenado a 18 anos, ainda em 2009.