16/12/2019 às 09h56min - Atualizada em 16/12/2019 às 09h56min

Vereadores de Corrente denunciam prefeito Gladson Murilo Mascarenhas Ribeiro ao Ministério Público

Empresa teria sido contratada mediante licitação direcionada, com valor da obra superfaturado, além de usar maquinário da prefeitura na execução dos serviços

GP1; fotos: redes sociais
Imagem divulgada pela prefeitura por ocasião da execução da obra

Os vereadores Cristovam Neto, Joabe Santana e Flávio Rivelino, de Corrente, protocolaram documento junto ao Ministério Público pedindo a apuração de possíveis atos de improbidade administrativa praticado pelo prefeito Gladson Murilo Mascarenhas Ribeiro e a empresa TSC Serviços e Construções Eireli.

Os denunciantes informam que a empresa, vencedora da licitação para obras de pavimentação asfáltica de vias públicas, não preenche os requisitos para executar o objeto da tomada de preço - o endereço da empresa constante no alvará de funcionamento não é ocupado por ninguém e nem mesmo um comprovante de água ou luz, ou mesmo contrato de aluguel foi apresentado. A empresa não tem funcionário registrado, não possui endereço em Corrente e nem qualquer tipo de maquinário para a prestação do serviço objeto do contrato.
 

Os vereadores ressaltam, que todo serviço de aterro, terraplanagem, transporte de material, ou seja, a parte mais cara da obra, deu-se por meio de maquinário pertencente à prefeitura de Corrente e com combustível, possivelmente as custas do erário.

Para eles, a escolha da empresa foi feita mediante licitação direcionada e com fortes indícios de desvio de dinheiro público, já que a maior parte da obra foi feita com maquinário da prefeitura e a empresa contratada participou apenas da aplicação da lama asfáltica.



Os vereadores também questionam o preço da pavimentação. Segundo eles, um quilometro de rodovia custa, em média, R$1,5 milhão, enquanto o asfaltamento de um quilômetro de malha urbana de alta qualidade cai para metade do valor, R$ 800 mil. No caso, informam que o objeto do contrato custou R$ 949.348,18 sendo que o asfalto empregado na obra é de qualidade muito inferior.

Para os vereadores, “resta patente o prejuízo ao erário, uma vez que a empresa recebeu pelos serviços que não executou", e pedem que sejam apuradas as condutas noticiadas.

A denúncia foi protocolada na promotoria de Justiça de Corrente em 4 de dezembro de 2019.

Neste ano de 2019 a empresa participou de 3 licitações da prefeitura de Corrente, totalizando R$ 1.694.056,61 (Um milhão, seiscentos e noventa e quatro mil, cinquienta e seis reais e sessenta e um centavos).

 

Outro lado

Procurada, a defesa do prefeito Gladson Murilo disse que enviaria um posicionamento, o que não aconteceu até a publicação desta repotagem.


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