01/12/2013 às 23h37min - Atualizada em 01/12/2013 às 23h37min

Polícia Civil do Estado prendeu seis pessoas acusadas de participar de golpe no concurso da PM

OPERAÇÃO CERTAME: candidata que passou gabarito e os que compraram já foram eliminados da seleção pública.

Cidade Verde
A Polícia Civil do Estado prendeu hoje seis pessoas acusadas de participar de golpe com o objetivo de promover concorrência desleal durante o processo seletivo. Foram eles: um policial militar que estaria negociando o gabarito, uma candidata paga para responder as questões e repassar os dados e quatro candidatos que compraram o “serviço”. 
 
“Por enquanto, estamos apenas acompanhando e colaborando com as investigações. Tudo que nos é solicitado é dado. Mas de acordo com minha experiência acredito que o concurso não será anulado por esse acontecimento. Mesmo assim, vamos aguardar a conclusão do relatório por parte do Greco para fazermos um pronunciamento oficial”, disse o gestor.
 
A primeira etapa do concurso (aplicação de prova objetiva) foi realizada na manhã deste domingo, das 9h às 13h, em Teresina, Picos, Floriano, São Raimundo Nonato, Bom Jesus e Corrente. Ao todo são ofertadas 430 vagas (400 para soldado e 30 para oficiais). Os salários são de R$ 2.047,63 e R$ 3.897,04, respectivamente.
 
O Nucepe é parte da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Segundo informações apuradas pelo Greco, os gabaritos eram negociados por R$ 10 mil. Os candidatos dariam uma “entrada” no valor de até R$ 2 mil e o restante do dinheiro seria pago após a aprovação.
 
“A primeira decisão que tomamos, após a confirmação da fraude, foi eliminar sumariamente todos os candidatos que supostamente pagaram pelo gabarito e também a candidata acusada de passar as informações”, informa Jorge Martins Filho. 
 
O concurso da Polícia Militar teve 30.506 inscritos e concorrência de 70,94 candidatos por vaga. As duas cidades que registraram maior concorrência foi Campo Maior e Picos. Os trabalhos da Polícia Civil seguem.
 
“Estamos investigando e não estão descartadas novas prisões”, revela o presidente do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), delegado Menandro Pedro. A ação recebeu o nome de Operação Certame e contou com apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil.
 

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