31/08/2020 às 14h39min - Atualizada em 31/08/2020 às 14h39min

Caso Faroeste 2: Fazendeiro Nelson José Vigolo e advogado Vanderlei Chilante assinam delação que pode atingir membros do Poder Judiciário da Bahia e parlamentares

Augusto Aras, procurador-geral da República, comanda uma das mais profundas investigações de corrupção que ocorreram na Bahia, o Caso Faroeste.

Jornal Grande Bahia

Em 20 de março de 2020, o ministro Og Fernandes determinou, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), a prisão temporária da desembargadora do TJBA Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo, do filho da magistrada, advogado Vasco Rusciolelli Azevedo e do advogado Vanderlei Chilante. Mandados foram, também, cumpridos contra o produtor rural Nelson José Vigolo.
 

Em 31 de março de 2020, o ministro Og Fernandes homologou acordo de delação de Júlio César. Ele é advogado e ex-servidor do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) e foi denunciado criminalmente na 1º fase do Caso Faroeste.
 

No acordo, que se encontra em segredo de Justiça, o criminoso confesso Júlio César apresentou 25 anexos ao Termo de Colaboração Premiada, sendo que em cada anexo são apontadas possíveis práticas criminais envolvendo empresários, grandes escritórios de advocacia, assessores, juízes e desembargadores que atuam no estado.
 

O Caso Faroeste
 

Em 10 de dezembro de 2019, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao STJ 15 pessoas por envolvimento no Caso Faroeste – entre elas quatro desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) e três juízes estaduais – pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
 

A ação judicial foi decorrente de inquérito instaurado a partir da descoberta de indícios da existência de uma organização criminosa que operou entre 2013 e 2019, e que tem como principal operador Adaílton Maturino dos Santos.
 

O esquema envolveu a venda de sentenças e outros crimes que tinham como propósito permitir a grilagem de terras nos municípios de Formosa do Rio Preto e Santa Rita De Cássia, situados no oeste da Bahia.
 

Dada a complexidade do Caso Faroeste e a apreensão de novos elementos de prova, os investigadores solicitaram ao relator, ministro Og Fernandes, a continuidade das diligências para aprofundar as apurações em relação a fatos e pessoas não relacionados na denúncia apresentada.

 


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