24/12/2013 às 15h12min - Atualizada em 24/12/2013 às 15h12min

Wilson Martins decide ficar no Governo até o fim

Ele avalia que a candidatura presidencial do governador Eduardo Campos é competitiva e precisa ser bem apoiada no Nordeste

Diário do Povo
Por Zózimo Tavares
 
O governador Wilson Martins já decidiu: ele ficará no governo até o final do seu mandato. A decisão foi comunicada no domingo, no Recife, ao presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, virtual candidato do partido à presidência da República nas eleições do próximo ano. 
 
É provável que o governador já tenha comunicado a sua decisão também ao vice-governador Zé Filho. Se ainda não o fez, certamente o fará dentro de pouco tempo. Com isso, ele antecipa em quatro meses uma decisão que deveria ser anunciada em abril do próximo ano, no prazo final para a desincompatibilização.
 
Wilson Martins chegou à decisão depois de avaliar o cenário político nacional e o quadro político estadual e fazer projeções para 2014. Ele concluiu que a candidatura presidencial do governador Eduardo Campos é competitiva e precisa ser bem apoiada no Nordeste, especialmente pelo seu partido.
 
Wilson antecipou a sua decisão também em função do lançamento precoce da candidatura do senador Wellington Dias ao Governo do Estado, pela oposição. Isso apesar de ele ter feito reiterados apelos para que a sucessão fosse adiada para o momento oportuno, ou seja, 2014. Mesmo aliado, o PT fez ouvido de mercador e saiu pelo interior em caravana propagando a candidatura de Wellington.
 
Não bastasse, o senador também cuidou de montar uma chapa com dois adversários do governador. A candidatura de vice seria indicada pelo senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP e que acabara de romper com o governador. Já a de senador foi destinada a João Vicente Claudino, candidato à reeleição.
 
Sobrou para o governador o direito de espernear. É o que ele começa a fazer agora. Primeiro, demitindo de sua equipe os secretários que não leem na sua cartilha política. Depois, decidindo ficar no governo para assumir o comando da sucessão. Nesse caso, ele montará uma chapa que vai procurar contemplar os aliados e atrair ex-adversários. Sua determinação hoje é a de mostrar à oposição que o Piauí tem governo.  
 

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