26/01/2016 às 15h57min - Atualizada em 26/01/2016 às 15h57min

Ministério Público investiga o juiz aposentado Cícero Ferreira

Magistrado atuou na Comarca de Gilbués

GP1
Promotor Márcio Giorgi Carcará

O promotor Márcio Giorgi Carcará Rocha instaurou no dia 20 de janeiro duas investigações contra o juiz aposentado Cícero Rodrigues Ferreira, por casos de grilagem de terras, crimes de peculato, falsidade ideológica, falsidade documental e lavagem de dinheiro no período em que o magistrado era responsável pela Comarca de Canto do Buriti.

Márcio Giorgi afirma ter sido informado por meio do ofício de nº 20/2016, da corregedoria geral do Tribunal de Justiça, sobre uma série de irregularidades praticadas pelo então juiz direito Cícero Rodrigues Ferreira, onde restou verificado que vários imóveis foram ilegalmente registrados no Cartório de Registro Público da Comarca de Canto do Buriti e que tais configuram "ato de fabricação de documento público conhecido como grilagem de terras".

Afirma ainda que sentenças e mandados de retificação foram realizados em apenas uma semana e que o Ministério Público da Comarca de Canto do Buriti nunca foi intimado de tais decisões e que as referidas sentenças, proferidas pelo juiz Cícero, retificaram matrícula acrescendo dez vezes a área do imóvel em questão.

No caso do inquérito civil será investigado eventual enriquecimento ilícito, lesão ao erário e violação aos princípios da Administração Público decorrentes de atos praticados pelo ex-juiz da Comarca de Canto do Buriti, Cícero Rodrigues Ferreira.

Afastamento

Em 2014, o pleno do Tribunal de Justiça, durante sessão administrativa, decidiu afastar Cícero Rodrigues de suas atividades com aposentadoria compulsória, após falhas graves, como favorecer empresas de fora do Estado durante julgamentos.

Outro lado

GP1 entrou em contato com a Associação dos Magistrados do Piauí (Amapi) que informou não ter o telefone do magistrado e a secretária passou o telefone da assessoria, que não atendeu a nossa ligação. Já na Comarca de Canto Buriti foi informado que o magistrado não trabalha há anos no local e que não possuem seu telefone.


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