Os moradores do bairro Nova Curimatá, um dos principais do município de Curimatá, enviaram denúncia ao Portal Corrente sobre a falta d'água registrada diariamente. Com água disponível nas torneiras em alguns momentos durante o dia e totalmente secas à noite, a população sofre todos os dias com a restrição do abastecimento, principalmente pelo fato da maioria das residências não possuirem caixa d'água.
A prestação do serviço é feita pela Empresa de Águas e Esgotos do Piauí S/A (Agespisa), que retira da barragem Vereda da Cruz a água utilizada no abastecimento da cidade. Entretanto, o bairro Nova Curimatá não dispõe de um reservatório, sendo o fornecimento feito diretamente com água bombeada da Estação de Tratamento . "Tem uma bomba na ETA que bombeia a água direto na rede do bairro Nova Curimatá, e quando bombeia muito tempo ela estoura a rede, por isso ela fica um tempo ligada e um tempo desligada e esse momento que ela fica desligada os usuários não aceitam, reclamam, mas tem água todos os dias, o todo tempo. Falta ao meio-dia, depois das 20h ela fica desligada, senão os canos estouram, mas ninguém tem reservatório em casa e querem água direto", disse o responsável pelo escritório da Agespisa na cidade.
A solução para o problema seria a construção de um reservatório para o bairro, embora não haja previsão para a realização da obra.
A falta diária de água causa grandes transtornos à população, que fica constantemente na expectativa. Quem não possui reservatório fica à mercê dos horários escolhidos para fornecer o serviço, embora a conta seja enviada mensalmente aos usuários, como se o serviço fosse fornecido normalmente.
Sendo o fornecimento d'água um serviço essencial, a empresa fornecedora tem a obrigação, por lei, de fornecer o serviço de forma adequada e contínua, conforme Código de Defesa do Consumidor.
ÁGUA DA BARRAGEM PARA EXECUÇÃO DE OBRA
Outra questão alarmante, que tem sido preocupação inclusive do executivo e do legislativo municipal, é a retirada de água da Barragem Vereda da Cruz para a execução das obras da PI 257, que liga os municípios de Curimatá e Morro Cabeça no Tempo, com extensão de 63km. A Agespisa autorizou a retirada da água da barragem, embora do mesmo local seja feita a retirada de água potável que serve para o abastecimento da cidade.
"O problema é que essa barragem tem um ciclo, um histórico de seca a cada dois anos, e a nossa preocupação é que logo vai chegar ao ponto de não ter mais água pra abastecer a população e a nossa situação vai ficar ainda pior", diz uma moradora local.
Veja a autorização concedida pela Agespisa à empresa executora da obra:
