29/05/2023 às 08h30min - Atualizada em 29/05/2023 às 08h30min

Conta de luz seguirá com bandeira verde em junho

Redação

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na última sexta-feira (26) que vai manter a bandeira tarifária verde na conta de luz, sem complemento da tarifa, no mês de junho. A sinalização, que indica condições favoráveis de geração de energia, é válida para todos os consumidores à malha de transmissão de energia que cobre quase todo o território brasileiro.

Com isso, os consumidores completam o primeiro semestre do ano sem a cobrança do adicional na conta de luz. Esse cenário permanece inalterado desde abril de 2022.

A Aneel considera bastante provável o acionamento da bandeira verde para todo o ano de 2023. Tal sinalização, válida para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), reflete a melhoria dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, beneficiados com o período de chuvas. O SIN é a malha de linhas de transmissão de energia elétrica que conecta as usinas aos consumidores.

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (amarela) a R$ 9,795 (vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: sudeste/centro-oeste, sul, nordeste e norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da região norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima.

Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.


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