25/03/2014 às 23h01min - Atualizada em 25/03/2014 às 23h01min

Nouga Cardoso, Reitor da UESPI, concede entrevista ao Portal Corrente

Reitor esclarece o principal motivo de sua visita ao Prefeito Jesualdo Cavalcanti

Portal Corrente

O reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Nouga Cardoso, e a vice-reitora, Bárbara Olímpia Ramos de Melo estiveram em Corrente no último final de semana e foram recebidos pelo prefeito Jesualdo Cavalcanti. Dentre os assuntos tratados no encontro, a situação do Campus de Corrente foi o de maior destaque, dada a circunstância em que o imóvel onde a universidade está instalada se encontra, assim como a grande expectativa em solucionar a questão. Em entrevista ao Portal Corrente, Nouga detalhou os pedidos feitos ao prefeito e quais as atitudes que a universidade pretende tomar em relação ao assunto.

“Estivemos reunidos com o prefeito Jesualdo com o objetivo de discutirmos a situação do imóvel onde está instalada  a Universidade. Sabemos que ele foi um dos fundadores da Fespi, que é a proprietária do imóvel onde hoje está instalada a universidade. A nossa intenção é de que ele articulasse junto aos outros conselheiros, para viabilizar um termo de doação do imóvel ou um termo de comodato, com uso de vinte anos, para o prédio para a Universidade Estadual do Piauí”, afirmou Nouga.

O reitor explica que para os professores que possuem mestrado e doutorado possam participar de editais públicos de construção de laboratórios ou de adequação de espaço físico, é sempre exigido que se tenha titularidade do imóvel. “Por que é importante para a universidade contratar um professor doutor? Porque é um professor que faz pesquisa, que faz extensão e faz ensino.  A instituição que paga melhor um professor doutor no estado do Piauí é a UESPI. E nós não podemos ter um professor doutor apenas para ministrar aula, é subutilização do erário público. Mas o professor fica impossibilitado de fazer pesquisa porque ele não pode cumprir com o ítem que exige a titularidade. Hoje a administração central sofre pressão dos professores titulados de Corrente, porque eles não querem morrer cientificamente. Se um professor faz só ensino e não pesquisa e não publica, termina que não só ele, mas a instituição deixa de colher os louros daquela titulação que custa tão caro ao Estado do Piauí. Este era o nosso maior objetivo nesta primeira visita ao prefeito Jesualdo Cavalcanti, no sentido de ele sensibilizar ao pessoal da fundação, para que este termo de doação ou de comodato possa realmente acontecer”, enfatiza. O reitor também lembra que o Estado não pode investir na estrutura da universidade se não há a garantia de permanência no imóvel.

A universidade já formalizou o pedido através de ofício, que está em análise por parte do conselho, sem data prevista para resposta.

Nouga declara que a universidade já considera a possibilidade do conselho da FESPI \não aprovar o pedido, e, adiantando-se à possibilidade, o reitor também solicitou ao prefeito a doação de um terreno para a construção de um novo prédio. “A universidade tem interesse em permanecer na cidade de Corrente, então nós também tentamos solicitar dele a doação de um terreno no município para que nós pudéssemos construir o prédio da UESPI, um prédio próprio. A universidade já mandou ofício solicitando, já fizemos este adiantamento na conversa, o prefeito realmente se mostrou muito receptivo a esta possibilidade”, relatou.

Questionado sobre a atual estrutura do campus, Nouga afirma que no máximo até o final do ano as salas de aula deverão estar todas climatizadas, porém as reformas continuarão sendo realizadas a “conta-gotas”, pois não é possível colocar emenda de deputado, já que o primeiro questionamento feito pelo Tribunal de Contas ou pela União é se o prédio é de propriedade da Universidade.

Já durante a sua campanha, Nouga relatou que a última gestão, ao assumir a reitoria, encontrou problemas com relação aos imóveis em mais de 70 porcento dos campus da instituição, tendo sido resolvidos em quase sua totalidade. Corrente, sendo ainda uma exceção, inviabiliza as tão sonhadas reformas solicitadas pelos educandos da instituição, que se vêm instalados em um prédio obsoleto e em poucas condições de utilização.

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Situação atual de muitas salas da UESPI no Campus de Corrente


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