Os moradores da cidade de Corrente já estão acostumados a passar um ou dois dias sem água nas torneiras, pois o problema é recorrente. No período das chuvas, a Agespisa suspende o fornecimento durante os momentos de maior turbidez do rio, o que dificulta o tratamento da água, pois a estação de tratamento não acompanhou o crescimento da cidade. Nos períodos de extremo-calor, em especial durante o BR-O-BRÓ, que vai de setembro a dezembro, com as constantes oscilações de energia, os equipamentos que bombeiam a água não funcionam de forma adequada, deixando novamente a cidade sem água.
Mas nesta segunda-feira (6), estão completando 4 dias sem fornecimento, desta vez por uma união dos dois fatores. Na quinta-feira, 2 de novembro, a água já começou a faltar nas torneiras. Na sexta-feira, a Agespisa divulgou um comunicado nas redes sociais, informando que a falta de energia elétrica na Estação de Tratamento de Água impedia o funcionamento dos equipamentos. Um chamado chegou a ser registrado pela empresa junto à Equatorial Piauí, responsável pela energia elétrica.
O fato é que sábado também passou sem água nas torneiras, segundo relato de inúmeros moradores de diversos bairros nas redes sociais. No domingo, novo comunicado, desta vez informando que o fornecimento de água estava suspenso por causa da chuva registrada na noite anterior, que causou a turbidez da água. Com a forte chuva registrada na noite de domingo, já não é surpresa que ainda não havia água nas torneiras nesta segunda-feira (6). O caminhão-pipa bem que tentou, embora estivesse distribuindo uma água de cor duvidosa, certamente coletada no próprio rio Corrente, mas com a alta demanda, muita gente da cidade não teve qualquer assistência.
Como o brasileiro não perde tempo para uma boa piada, nem mesmo nos piores momentos da vida, vários mêmes circularam nas redes socias, relatando com humor a situação difícil da população.
Somente na tarde de hoje, as primeiras casas começaram a receber água nas torneiras. "Um filete, mas até já lavei a casa" diz, bem humorada, a moradora do bairro Sincerino, Sandra. "A gente usa até os potes de margarina vazios pra guardar a água, porque tá tão fraca que não sobe pra caixa", completa ela.
Comentários nas redes sociais na tarde desta segunda-feira (6)
Apesar da situação constante, a população relata que os boletos de cobrança da Agespisa chegam pontualmente, assim como as datas limites para pagamento, sob o risco de corte, caso haja atraso.
Atualmente não há movimentação na esfera municipal para uma possível privatização do serviço, ou intervenção. Sem ter mais para onde correr, a comunidade aguarda por um desfecho favorável, e espera que o Governo do Estado encontre pela solução tão aguardada pelos correntinos.
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