12/03/2013 às 13h38min - Atualizada em 12/03/2013 às 13h38min

Secretário de Desenvolvimento Rural causa polêmica na Câmara de Veradores

Audiência Pública será marcada para nova discussão

Portal Corrente

 

Convocado na última Sessão da Camara, o Secretário de Desenvolvimento Rural compareceu à Câmara de vereadores e respondeu aos questionamentos. Após a leitura das deliberações do dia e das indicações dos vereadores, a Sessão foi suspensa por 50 minutos para que o secretário fosse ouvido.

O secretário iniciou dizendo que pretende colocar a população para discutir o problema. A discussão acerca do assunto é que vai definir como cobrar o serviço de água (não o consumo de água) que é um bem de ultra-necessidade. O secretário também colocou que é necessário que haja um orçamento para cada poço, pois não se viabiliza o funcionamento sem um orçamento.“Hoje a prefeitura está irregular, buscando recursos de outras fontes. Temos que legalizar tudo”, enfatizou o secretario.

Dr. Hélio ainda esclarece: “A comunidade tem que receber o poço e ela mesmo é quem deve fazer a cobrança. Ela deve escolher quem vai ligar o motor, como vai comprar o óleo e como vai fazer a manutenção. Com o hidrômetro seria um modo de racionalizar. Nunca dissemos que iríamos cobrar”.

Por fim, o secretário falou acerca das condições da secretaria: “a prefeitura não tem condições de comandar a questão da água. Nossos recursos são limitados. Há 60 poços no município, 36 com motores a diesel. Estes motores dão manutenção, e hoje tudo é feito na gambiarra porque não temos condições e não há um orçamento. Temos uma equipe para fazer a manutenção mas não temos veículos para transportar, por exemplo”.

Os vereadores fizeram então vários questionamentos, iniciando pelo vereador João Antonio: “Se a prefeitura não tem condições de manter o poço, como é que a população miserável terá, secretário?”. Já o secretário disparou: Isso é demagogia!”

O vereador Dionízio questionou então como de fato será feita a cobrança e o secretário voltou a responder que a comunidade é quem vai fazer a cobrança e decidir quem vai ligar e desligar o motor. Dionízio sugeriu  então que a prefeitura viabilize o funcionamento e a manutenção do poço e a comunidade se organiza para ligar e desligar.

Já o vereador Salmeron sugeriu que seja feito um levantamento da renda daqueles que serão beneficiados para uma possível definição de valores. Com relação ao questionamento do vereador acerca do custo mensal de cada poço, o secretário apenas comentou que “cada poço é uma história”.

Questionado sobre como está sendo a aceitação da população, o secretário esclarece: “quem tem entendimento das coisas está aceitando, quem gosta de beber cachaça está apavorado”.

Já sobre a falta de condições da população em pagar pela água, o secretário disse: “quem não tem condição de pagar por uma água que vai até a torneira, dentro de sua casa, que vá buscar num rio, numa barragem. É o mínimo de cidadania que alguém deve exercer”.

Por fim, o vereador Toni sugeriu que se façam trabalhos de conscientização com alunos e pais dentro de salas de aula, e declarou ainda que se não houver recursos na prefeitura que se peça  ao  governo federal. O secretário esclareceu que, num encontro com representantes do governo federal  em Bom Jesus, foi exposto aos gestores presentes que eles devem parar de atender a todas as necessidades da comunidade, que não se reivindiquem  benefícios que não existem.

O presidente da Câmara, Rivelino Cavalcante, esclareceu que diante do assunto polêmico será solicitada uma Audiência Pública para discussão sobre o tema.


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