Na manhã desta terça-feira (9), reuniram-se, no auditório da Câmara Municipal, produtores agropecuaristas do município de Corrente, vereadores e servidores da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Município, além do secretario da pasta, o Dr. Hélio Paranaguá. O principal objetivo da reunião, segundo o secretário, seria a realização de um debate acerca do preço da carne. O assunto tem causado grandes polêmicas no município, uma vez que os agropecuaristas alegam que os açougueiros e comerciantes têm pago um preço muito abaixo do mínimo possível, chegando até mesmo a R$ 65,00 o arroba, causando sérios prejuízos aos produtores.
Os criadores da região alegam que estão sendo penalizados duplamente, uma vez que não estão podendo nem mesmo escoar a sua produção de forma adequada, pois não há um abatedouro municipal.
O secretário colocou que realizou uma reunião com os açougueiros na tarde de quinta-feira, e solicitou que os mesmos agissem com bom senso e pagassem um preço justo aos produtores, mesmo porque a fiscalização não estaria agindo de forma ostensiva com relação aos estabelecimentos comerciais. O que os açougueiros alegam é que durante o período da entressafra os produtores praticam o preço que querem.
O vereador Luiz Augusto lembrou o fato de que os açougues não estão regularizados, e lembrou que o fato de não existir o abatedouro eles não justifica que se trabalhe sem os padrões adequados. O vereador lamenta ainda o fato dos produtores agropecuaristas não estarem unidos para estabelecerem um preço mínimo de venda.
Dr. Hélio declarou que fará uma nova reunião com os açougueiros e comerciantes, e garantiu que se chegará a um consenso com relação ao preço do arroba, que deverá ser pago de R$ 80,00 a R$ 90,00 o arroba aos produtores agropecuaristas.
O secretário também levantou a questão do abatedouro municipal; garantiu que o recurso já esta garantido, oriundo de recursos federais, via governo do estado, sendo que o impasse no momento seria a definição do terreno adequado para o mesmo, uma vez que o mesmo deve possuir um poço com grande vazão de água, cerca de mil litros por cabeça de gado abatido. Há dois terrenos que seriam adequados; um seria depois do Paraim, porém o poço não teria uma grande vazão de água, e outro terreno seria no Pau de Terra, próximo à Taboca, porém o mesmo seria inviável caso seja confirmada a construção do aeroporto, que aguarda apenas a confirmação do governo federal.
O vereador Dionízio colocou que a prioridade do município seria o abatedouro e não o aeroporto, uma vez que a economia de toda região gira em torno da comercialização da carne. Dionízio também colocou que será difícil encontrar um terreno em outro local, devido às particularidades necessárias.
Por fim o Secretário confirmou a realização da Exposição e da Vaquejada, dada a sua importância para a região, sendo que já existe uma comissão organizadora. Dr. Hélio também colocou que está lutando para transformar o parque em um parque regional, sendo que tanto o governador quanto os municípios circunvizinhos já sinalizaram positivamente. O secretário também confirmou que será marcada uma nova reunião para tratar acerca do preço da carne.