06/10/2016 às 19h13min - Atualizada em 06/10/2016 às 19h13min

Professores de Sebastião Barros entram em greve por salários atrasados

Desde julho servidores não recebem seus vencimentos

Viviane Setragni
Portal Corrente

Os professores da rede municipal de ensino de Sebastião Barros deflagraram greve nesta quarta-feira (5) por conta dos salários atrasados. No dia 20 de setembro foi realizada uma assembleia, com a presença do sindicato, do Ministério Público, do secretário de finanças Robério Azevedo e dos professores para deliberar sobre o assunto, decidindo pela paralisação.

“Desde o mês de junho estamos com os salários atrasados. Em agosto recebemos o mês de junho em duas parcelas, uma no dia 10 e outra no dia 30. Desde então, os meses de julho, agosto e setembro foram ficando para trás. No dia 27 de setembro, os professores receberam uma parcela do salário de julho, ficando os auxiliares de serviços gerais de fora”, relata América Carvalho, professora.

Na assembleia realizada no dia 20 ficou deliberado que nos dias 26, 27 e 28 de setembro a classe realizaria uma paralisação, o que de fato ocorreu, retornando as atividades nos dias 29 e 30. Diante da ausência de manifestação da Secretaria Municipal de Educação, a greve foi deflagrada na quarta-feira, 5 de outubro.

Para marcar o início do movimento grevista, servidores da Educação reuniram-se na Unidade Escolar Santa Luzia de onde partiram em caminhada até a sede da prefeitura. “Na prefeitura fomos recebidos pela Chefe de Gabinete, que disse não saber informações sobre a Secretária de Educação em exercício, Gleyciane Fontenelle, nem do prefeito Nivaldo Roberto”, acrescenta América.

Durante todo o ano de 2016 os servidores da educação do município de Sebastião Barros tem enfrentado dificuldades para receber os salários. Em agosto, uma audiência presidida pelo juiz Carlos Marcello Sales Campos intermediou um acordo entre a prefeitura e os servidores para acertar o salário devido do mês de dezembro de 2015, graças a uma Ação Cível Pública movida pelo Ministério Público.

Na ocasião, o representante do município, o secretário de Administração e Finanças, Robério da Cunha Azevedo, declarou que a prefeitura teria dificuldades para realizar o pagamento dos salários devido ao momento de crise e consequente diminuição no repasse do FNDE.

Entretanto, os servidores denunciam que, além do município realizar um novo concurso público, novos servidores teriam sido nomeados inclusive para escolas já fechadas.

O Portal Corrente tentou entrar em contato com a atual secretária de Educação, Gleyciane Fontenelle, mas o telefone não completou a ligação.

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