31/10/2022 às 09h01min - Atualizada em 31/10/2022 às 09h01min

Com 2,1 milhões de votos a mais, Lula é eleito presidente do Brasil

Redação
Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
A apuração dos votos do primeiro turno das eleições de 2022 terminou no começo da madrugada desta segunda-feira (31), com 100% das urnas totalizadas. Lula (PT) foi eleito presidente do Brasil com 2,1 milhões de votos a mais do que Jair Bolsonaro (PL). Foram 50,90% dos votos, contra 49,10% do atual presidente.
 
A vitória de Lula foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando havia 98% das urnas apuradas, às 19h57. Àquela altura, ele tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Bolsonaro, que contabilizava 49,17%.
 
Essa é a menor diferença percentual a favor do ganhador desde que as eleições livres foram retomadas, em 1989.

 
'Não existem dois Brasis'
 
Lula fez o discurso da vitória em São Paulo na noite deste domingo (30), onde afirmou que o momento é de "restabelecer a paz entre os divergentes". Ele disse que vai governar para todos os brasileiros, e não só para os que votaram nele. Para o presidente eleito, "não existem dois Brasis".

"Meus amigos e minhas amigas. A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis, somos um único país, um único povo, uma grande nação", afirmou Lula.

 
Lula defendeu a paz e a convivência harmônica no país.
 
"Estou aqui para governar esse país numa situação muito difícil. Mas tenho fé que com a ajuda do povo, nós vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente. E a gente possa, inclusive, restabelecer a paz entre as famílias, os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que nós precisamos, e o Brasil", completou.
 
Ele disse que não interessa a ninguém viver em um país em eterno estado de guerra. Lula afirmou ainda que o ódio foi propagado de forma criminosa no Brasil.
 
"Não interessa a ninguém viver numa família onde reina a discórdia. É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizade rompidos pela propagação criminosa do ódio. A ninguém interessa viver em um país dividido, em permanente estado de guerra", argumentou.
 
"É hora de baixar as armas, que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam. E nós escolhemos a vida", declarou.

 
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