Hoje, 21 de setembro, comemora-se o dia da Árvore! Que podemos comemorar realmente?
As árvores desempenham um papel vital na manutenção do equilíbrio ecológico, fornecendo oxigênio, absorvendo dióxido de carbono, oferecendo abrigo e alimento para animais, além de contribuírem para o controle do clima e a conservação do solo. São fundamentais para a vida na Terra.
Desde os primórdios das civilizações, os hominídeos utilizam as árvores em várias atividades; Sumariamente como madeira, seu primeiro combustível e a matéria prima para construção de abrigos e de diversos utensílios. Após o sobrevir do papel pelos chineses há mais de 2.000 anos, o uso da madeira se intensificou como fonte de alguns produtos químicos, como o alcatrão, breu e, mais recentemente, com os derivados de celulose amplamente empregados pela indústria farmacêutica, de cosméticos e de alimentos. Contudo, com a expansão das atividades antrópicas, bem como a ocupação inadequada do espaço geográfico tem contribuído para a degradação e qualidade ambiental destes seres vivos.
Alguns dos velhos recorrentes problemas como: desmatamento, incêndios florestais, venda e tráfico de madeira ainda estão sem solução, o que tem gerado degradação de certos habitats, erosão, perda da biodiversidade e ainda modificação do clima. Estamos sentindo literalmente na pele.
Temos algo a comemorar?
O Brasil carece, urgentemente, de políticas públicas sérias que venham realmente serem eficazes no combate a estes problemas ora elencados. Estamos perdendo a biodiversidade e, algumas delas, ainda nem catalogadas. Ou nós, enquanto seres que vivem comunidade, nos posicionamos e entendemos que o Ser humano é que depende da natureza ou sucumbiremos a ela. Vários são os fenômenos que vem acontecendo ao redor do mundo e não estamos parando para perceber que estamos causando desequilíbrio em nossa biosfera.
Hoje é dia de comemoração mais muito mais de reflexão: refletir sobre implementação de modelos econômicos mais sustentáveis; participação efetiva do poder público e da iniciativa privada no desenvolvimento de ações de preservação ambiental; repensar, revisar a própria Lei 9.605/98 bem como a aplicabilidade da legislação ambiental por meio da fiscalização e da punição de crimes ambientais de forma mais rogorosa.Eu vejo que a lei de crimes ambientais ainda é muito branda e sem falar em alguns Artigos da Lei 12.651/2012 do Código Florestal brasileiro.
E finalizo com um trecho da música Absurdo da Cantora Vanessa da Mata que diz assim:
“Havia tanto pra lhe mostrar Era tão belo. Mas olhe agora o estrago em que está. Destruição é reflexo do humano Se a ambição desumana o Ser Essa imagem de infértil deserto Nunca pensei que chegasse aqui." (Composição: Vanessa da Mata)
* Suele Nogueira de Sousa Ribeiro é Bióloga com especialização em Meio Ambiente, Saúde Pública Municipal e Estudos Geoambientais e Licenciamento, professora das redes Municipal e Estadual. Cursando Tecnólogo em Investigação Forense e Perícia Criminal, Pós -Graduanda em Perícia Criminal. Co-autora do livro Cerrado Capital Natural e Serviços Ambientais.
