07/10/2023 às 12h12min - Atualizada em 07/10/2023 às 12h12min

Calamidade da água em Curimatá: prefeito convoca audiência pública para debater sobre municipalização ou privatização da prestação do serviço

Viviane Setragni
Portal Corrente
A população da cidade de Curimatá passa por uma verdadeira calamidade com a falta de abastecimento d'água. Com temperaturas extremamente elevadas registradas no último mês, a maior parte os moradores da cidade não recebe água nas torneiras de suas residências há pelo menos 20 dias, tornando a situação insustentável.

A Agespisa, empresa responsável pelo fornecimento do serviço essencial, não dá explicações à população, que amarga no calorão típico período do BR-O-BRÓ, que vai de setembro à dezembro. "A gente não sabe por que tá faltando água, não sabe se queimou a bomba ou qual é o problema. A nossa vida tá bem difícil, não tem água pra banhar, pra lavar roupa, a casa, quando tem criança é ainda mais complicado, o sofrimento é muito grande", disse uma dona de casa, moradora do bairro Bandarra.

Com mais de um local como fonte de captação d'água, a cidade teria reservas suficientes para manter o abastecimento, mesmo que de forma racionalizada no período mais seco. Segundo informações, a Agespisa realiza a captação na Barragem Vereda da Cruz e na fonte do Sertão, e não há registro de que elas tenham secado. No entando, todos os anos, o problema volta a acontecer, e na maioria das vezes sem qualquer explicação para a comunidade.

Nos últimos dias, devido à falta d'água, além da população, diversos órgãos públicos também foram prejudicados, como foi o caso de escolas, postos de saúde e o Hospital Estadual.


MUNICIPALIZAÇÃO OU PRIVATIZAÇÃO

Preocupado com a situação, o prefeito do município, Valdecir Júnior, convocou para a próxima segunda-feira, 9 de outubro, uma audiência pública para debater, junto à empresa e à população, sobre a situação. "Ficar 3 horas sem água já é difícil, vocês imaginem ficar 20 dias, ou mais de um mês, como é a situação de alguns bairros da cidade. Precisamos encontrar uma solução", disse o gestor.

 


No ofício encaminhado ao presidente da Agespisa informando sobre a audiência, o prefeito comunica que será feita a apresentação e discussão sobre a continuidade, ou descontinuidade, dos serviços prestados pela AGESPISA, além da arpresentação de proposta de municipalização ou privatização do sistema de abastecimento, distribuição e tratamento de água do município de Curimatá.

A audiência pública será realizada a partir das 8h30, no Centro Social Urbano, e toda a comunidade é convidada a participar.


A EMPRESA

Aos moradores da cidade, poucas informações foram divulgadas acerca do problema. Em nota à imprensa, a Agespisa afirma que o motivo da falta d'água seria a expansão da zona urbana para um local mais elevado, prejudicando a prestação do serviço. Quanto à solução, a empresa informa que estão sendo realizados estudos para adequar a rede de abastecimento, sem apresentar qualquer prazo para a solução definitiva do problema. Confira:

A Agespisa informa que a irregularidade no abastecimento de bairros como Bandarra, Samuel Dourado Rego e parte do centro de Curimatá, dentre outros, deve-se à expansão da cidade para uma área de topografia mais elevada que o reservatório, extrapolando a capacidade de atendimento do sistema. Para amenizar o problema, estão sendo realizando estudos no sentido de redimensionar os equipamentos que servem a este local específico, na expectativa de que a água ganhe força suficiente para chegar às residências. 

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »