27/04/2014 às 15h34min - Atualizada em 27/04/2014 às 15h34min

Piauí não registra óbitos por dengue desde o ano passado

Segundo dados, houve uma redução nas notificações de casos de dengue no Estado e a identificação mais rápida contribuiu para nenhum óbito

CCOM

Novo Boletim Epidemiológico (BE) divulgado na última quarta-feira (23), pelo Ministério da Saúde, mostra queda nos casos de dengue nos três primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2014, foram registrados no Brasil 215.169 notificações, o que representa redução de 76,7%, quando comparado ao primeiro trimestre do ano passado (921.716). O número de casos graves da doença também caiu 80% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2013. De 1º de janeiro a 5 de abril, foram confirmados 937 casos graves da doença, contra 4.722 em 2013.

O Piauí foi um dos estados que apresentou queda no número de casos de dengue, e um dos 13 estados brasileiros que não registraram nenhum óbito em decorrência da doença neste período. Os dados apontam que em 2013, o Piauí registrou 1.690 casos de dengue, dentre eles, sete casos graves e nenhum óbito.

No primeiro trimestre deste ano, foram registrados no Piauí 924 casos da doença, com quatro casos graves e nenhum óbito. O coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), Inácio Lima, atribui a queda no número de casos da doença à intensidade no monitoramento e acompanhamento nos municípios. “Esta redução representa o esforço dos profissionais de saúde no acompanhamento em cada município e o controle dos focos do mosquito pelas equipes de vigilância. A participação da população na eliminação dos criadouros do mosquito também foi fundamental para a redução da dengue”, disse o coordenador.

Ainda segundo Inácio Lima, o Estado recebeu do Governo Federal cerca de R$5 milhões, este ano, destinados para incrementar e qualificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da doença. “Desse total, aproximadamente, R$4 milhões são destinados os 224 municípios piauienses e R$1,1 milhão foi destinado para gestão estadual”, conclui.

Além desses recursos, o Governo do Estado, através do Ministério da Saúde, propagou entre os profissionais de saúde o Protocolo de Diagnóstico e Manejo Clínico da Dengue. O protocolo orienta o atendimento e a identificação dos pacientes com sinais e sintomas de agravamento na atenção básica, o que contribui para a redução dos casos graves e óbitos.

Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti

O crescimento dos municípios participantes do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) também contribuiu para a melhoria deste quadro. Entre janeiro e fevereiro deste ano, 1.459 municípios fizeram parte da pesquisa, o que significa um aumento de 48% em relação ao mesmo período de 2013, quando 983 cidades participaram do levantamento.

O LIRAa é considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção. O levantamento é promovido em parceria com as secretarias municipais de saúde. Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 4% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta locais em que os imóveis pesquisados possuem larvas do mosquito entre 1% e 3,9%, sendo índice satisfatório nos locais abaixo de 1% de larvas do aedes aegypti.

Confira os casos apresentados no Nordeste no primeiro trimestre de 2013 e 2014.

 

UF Casos Casos graves Óbitos
  2013 - 2014 2013 - 2014 2013 - 2014
Maranhão 1.501 - 729 18 - 11 9 - 2
Piauí 1.690 - 924 7 - 4 0 - 0
Ceará 6.484 - 6.475 28 - 14 14 - 1
Rio Grande do Norte 5.001 - 2.308 38 - 7 5 - 0
Paraíba 3.178 - 1.199 28 - 5 6 - 2
Pernambuco 1.903 - 1.399 15 - 0 4 - 0
Alagoas 1.556 - 1.733 8 - 3 0 - 0
Sergipe 140 - 473 1 - 2 0 - 0
Bahia 39.140 - 4.449 72 - 22 9 - 2
Nordeste 60.593 - 19.689 215 - 68 47 - 7

 


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