02/09/2020 às 23h25min - Atualizada em 02/09/2020 às 23h25min

Prefeito interino de Gilbués faz pagamentos a empresa alvo da PF

A Distrimed, investigada na Operação Caligo, forneceu 408 mil reais à prefeitura de Gilbués sem processo licitatório

Ascom Prefeitura

A Empresa Distrimed, apontada na auditoria que está sendo realizada na gestão interina do prefeito Paulo Henrique Mascarenhas em Gilbués por supostas irregulares, foi alvo na na manhã desta quarta-feira (02) da Operação Caligo, da Polícia Federal, que tem o objetivo de cumprir 10 mandados de busca e apreensão em Teresina. 

Segundo a PF, um dos alvos da operação é a Fundação Municipal de Saúde de Teresina e duas distribuidoras, uma delas a Distrimed. Desde de março de 2020 foram firmados, mediante dispensa de licitação, diversos contratos emergenciais entre a Fundação Municipal de Saúde e duas empresas fornecedoras de EPIs, kit de testes IGG/IGM, insumos e equipamentos hospitalares para enfrentamento à pandemia causada pela Covid 19, custeados com recursos do FNS e Ministério da Saúde.

No município de Gilbués, dados preliminares identificaram gastos de R$ 408 mil reais com a mesma empresa, uma média diária de R$ 6.460,00 reais durante os 63 dias de gestão. Segundo assessoria jurídica, não há documentação sobre os ítens adquiridos ou qualquer demosntrativo que justifique o vultuoso repasse à Distrimed. Também não foi identificado nenhum processo licitatório justificando o repasse dos recursos federais à distribuidora.

Em 2012, a Distrimed já foi alvo da operação Gangrena, da Polícia Federal. Segundo a PF, a empresa é suspeita das mesmas práticas criminosas investigadas naquele ano, como superfaturamento e emissão de notas frias. 


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