09/01/2014 às 17h40min - Atualizada em 09/01/2014 às 17h40min

Vigilância Epidemiológica realiza ação de combate ao Calazar em Corrente

Todos os bairros da zona urbana serão contemplados pela ação

Portal Corrente; fotos: Cristiano Setragni

Por Viviane Setragni

A Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento de Corrente, através da Coordenação de Vigilância Epidemiológica, vem realizando ações de combate à Leishmaniose (também conhecida como Calazar) no município.

O Gerente de Vigilância Ambiental, Aldenir Pereira dos Santos, conta que ao final do mês de dezembro foram realizados 126 exames em cães do bairro Morro do Pequi. “Destes exames realizados, 23 deram resultado positivo, um índice muito alto. Todos estes animais foram sacrificados pelo Médico Veterinário da prefeitura, o Dr. Mairon Rocha Modesto, mais três cães no bairro Vila Nova, também diagnosticados com a doença”, relatou Aldenir.

As ações de detetização, com o objetivo de realizar o bloqueio do vetor da doença, foram realizadas nos dias 7, 8 e hoje, 9, pela manhã, no bairro Morro do Pequi e pela tarde no bairro Vila Nova. Durante a pulverização são utilizadas bombas de longo alcance, onde a borrifação é feita circulando cada quarteirão.

De acordo com o Coordenador Ambiental, o próximo bairro a ser contemplado com a ação será o Vermelhão. “Já realizamos os exames no bairro Aeroporto e felizmente nenhum caso foi constatado. Em todos os bairros da zona urbana, assim como no centro da cidade de Corrente, a ação também será realizada”, declarou.

Aldenir pede à população que atue de forma ativa no combate aos mosquitos, evitando deixar baldes com água, tambores, caixas d’água destampadas, pneus com água parada. “Nós da vigilância epidemiológica realizamos nosso trabalho todos os dias, mas a participação da comunidade é fundamental para o combate aos mosquitos”, afirmou.

Conheça mais sobre a Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral (pode-se falar de leishmanioses, no plural), causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, da família dos Trypanosomatidae. O calazar (leishmaniose visceral)1 e a úlcera de Bauru (leishmaniose tegumentar americana)2 são formas da doença.

É uma zoonose comum ao cão e ao homem. É transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos, que compreendem o gênero Lutzomyia (chamados de "mosquito palha" ou birigui) e Phlebotomus.

No Brasil existem atualmente 6 espécies de Leishmania responsáveis pela doença humana, e mais de 200 espécies de flebotomíneos implicados em sua transmissão. Trata-se de uma doença que acompanha o homem desde tempos remotos e que tem apresentado, nos últimos 20 anos, um aumento do número de casos e ampliação de sua ocorrência geográfica, sendo encontrada atualmente em todos os Estados brasileiros, sob diferentes perfis epidemiológicos. Estima-se que, entre 1985 e 2003, ocorreram 523.975 casos autóctones, a sua maior parte nas regiões Nordeste e Norte do Brasil. Em Portugal existe principalmente a leishmaniose visceral e alguns casos (muito raros) de leishmaniose cutânea. Esta raridade é relativa, visto que na realidade o que ocorre é uma subnotificação dos casos de leishmaniose cutânea. Uma razão para esta subnotificação é o fato de a maioria dos casos de leishmaniose cutânea humana serem autolimitados, embora possam demorar até vários meses a resolverem-se.

As leishmania são transmitidas pelos insetos fêmeas dos gêneros Phlebotomus (Velho Mundo) ou Lutzomyia (Novo Mundo).

 

LV canina

 

Diagnóstico sorológico de calazar canino

A leishmaniose visceral é uma doença mortal de curso lento e de difícil diagnóstico, pois um cão pode estar infectado e não mostrar nenhuns sintomas exteriores.
É causada pelo protozoário Leishmania, transmitido pela picada de flebótomos (insectos) infectados. O cão é considerado o principal reservatório da doença no meio urbano, mas não o único, já o homem podem atuar como reservatórios (o que é uma situação rara).

Os sintomas no cão são bastante variáveis, sendo comum na Leishmaniose cutânea o aparecimento de lesões graves na pele acompanhadas de descamações e, eventualmente, úlceras, falta de apetite, perda de peso, lesões oculares (tipo queimaduras), atrofia muscular e, o crescimento exagerado das unhas. Em um estágio mais avançado, detecta-se problemas nos rins, no fígado e no baço, acabando o animal por morrer. Devido à variedade e à falta de sintomas específicos, o médico veterinário é o único profissional habilitado a fazer um diagnóstico da doença. É importante ressaltar que há um grande número de animais infectados que não apresentam sintomas clínicos (assintomáticos) porque a Leishmaniose pode ter uma incubação até 7 anos.

Mesmo sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores epidemias de origem parasitária do mundo, focos de leishmaniose visceral canina continua-se expandir no mundo.

fonte: Wikipédia


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