20/03/2015 às 15h27min - Atualizada em 20/03/2015 às 15h27min

Justiça nega pedido de habeas corpus para soltar acusado de executar professora Cristiane

Pedido foi negado pelo desembargador Joaquim Dias de Santana

Cidade Verde

O desembargador Joaquim Dias de Santana negou o pedido de soltura de Emannuel dos Santos Soares, apontado como autor dos disparos que matou a professora Cristiane Melo da Cunha, 31 anos, em outubro de 2014, no bairro Morro do Pequi, município de Corrente, a 874 km de Teresina. 

Para conseguir o habeas corpus, o advogado Edson Luiz Guerra de Melo, alegou excesso de prazo na formação da culpa para a finalização da instrução processual. O pedido de liminar foi indeferido nesta terça-feira (17).

O acusado foi preso um dia após o crime -depois de ir ao velório da vítima- quando estava a caminho do município de Gilbués, um dia após o assassinato. 

"As pessoas o reconheceram através de fotos e não tiveram dúvidas de que ele seria o mesmo que teria assassinado a vítima. Ele foi ao velório e foi preso dentro do carro, quando estava saindo da cidade. Ele tinha certeza da impunidade e por isso não fez questão de se esconder, mas a Polícia Civil já sabia que ele era o principal suspeito", disse o delegado Rodrigo Morais, responsável pelo inquérito.

A defesa de Élida Pereira da Silva- apontada como mandante do crime- entrou com um pedido de habeas corpus, na semana passada. Ambos os processos tramitam em 2ª instância. 

Rodrigo Morais explica ainda que a denúncia oferecida pelo Ministério Público à Justiça apontou que o crime teria tido motivações financeiras. Élida Pereira devia uma quantia em dinheiro a Cristiane Melo e, inclusive, teria pedido que a vítima diminuísse a taxa de juros, segundo relataram testemunhas em depoimento. 

Ainda de acordo com o delegado responsável pelo inquérito, os dois indiciados mantinham uma relação afetiva e meses antes do crime, a acusada teria pago um advogado para conseguir a soltura de Emannuel dos Santos, preso em Barreiras, na Bahia, por tráfico de drogas. 

"Ela chegou a dizer ao pai do Emannuel que tinha que soltá-lo porque  Emannuel o ajudaria a resolver uma situação em Corrente, que seria bom para os dois", finaliza Rodrigo Morais.

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