07/02/2022 às 16h23min - Atualizada em 07/02/2022 às 16h23min

Piauiense suspeito de matar mãe e filha no DF, comparsa de Lázaro Barbosa, pode estar escondido no Oeste da Bahia

Portal do Cerrado

Um crime bárbaroe que chocou o Distrito Federal, onde mãe e filha foram brutalmente assassinadas em Brasília no dia 20 de dezembro de 2021, acaba de ganhar um novo capítulo. 

Os corpos de Shirlene Ferreira da Silva de 38 anos, grávida de 4 meses e a filha Tauane Rebeca da Silva de 14, foram encontrados na tarde daquele dia, parcialmente coberto por folhas. Shirlene e Tauane desapareceram em 9 de dezembro do ano passado ao sair para tomar banho no Córrego da Coruja. 

O principal suspeito de assassinar mãe e filha, Jeferson Barbosa dos Santos, de 26 anos, natural de Bom Jesus do Piauí, era amigo de Lázaro Barbosa e está escondido na Bahia desde o ano passado. 

De acordo com o Correio Braziliense, Jeferson era conhecido pelas pessoas da região principalmente pela amizade que mantinha com Lázaro. Os dois chegaram a trabalhar juntos em serviços de carroceria e, de acordo com a polícia, é provável que tenham cometido crimes juntos, como roubos e furtos. 

“Um dos celulares encontrados com o irmão do autor, inclusive, foi roubado pelo Lázaro. Ao longo das investigações, várias testemunhas trouxeram essa informação para nós”, detalhou o delegado frente do caso, Thiago Peralva em entrevista ao Correio Braziliense.

Assim como Lázaro, Jeferson também conhecia muito bem a região. O córrego onde mãe e filha foram mortas foi o mesmo local onde Lázaro matou Cleonice Marques. À época, a mulher foi sequestrada, estuprada e assassinada com um tiro na nuca.

Testemunhas oculares afirmaram à polícia terem visto Shirlene e a filha indo rumo ao córrego. Uma outra testemunha relatou que, no mesmo horário e no mesmo dia, Jeferson desceu para o mesmo local. “Toda vez que desce uma pessoa para o córrego, os cachorros latem. Essas testemunhas só repararam que o autor tinha descido, porque os cachorros latiram. Ele desceu e não mais retornou. Depois disso, ninguém mais passou ali”, afirmou o investigador.

Na região, Jeferson se auto intitulava como o “cara que se dava bem com as mulheres do córrego”, fato também determinante para a autoria do crime. “As mulheres que desciam ali, ele investia, com base nos depoimentos colhidos”, acrescentou o investigador.

“Ele foi visto no local do crime, na hora do crime. Analisando essa característica da Shirlene, o laço de afetividade que ela tinha com a menina, acreditamos nessa hipótese: que ele tentou investir em Tauane, mas a mãe foi morta ao defendê-la”, destacou Peralva.

Na Bahia

Um dia antes da localização dos corpos, em 19 de dezembro Jeferson avisou aos familiares que iria passar o Natal na Bahia e voltaria em 10 dias, mas não retornou. De acordo com o Metrópole, ele ligou diversas vezes para os parentes chorando e pedindo para que rezassem por ele, demonstrando que tinha algo de errado.

Em entrevista, o delegado Thiago Peralva informou que ele teria viajado para Mansidão. Alguns áudios que circularam em grupos de mensagens no WhatsApp dizem que a mãe dele é da localidade Juaí, zona rural do município do Oeste da Bahia.

O homem tem passagem pela polícia do DF por lesão corporal e já foi vítima de tentativa de latrocínio. 

“Toda a postura dele após o crime demonstra que teve envolvimento na morte delas. Agora, como realmente aconteceu de fato, isso só ele poderá dizer”, frisou o delegado. Jeferson vai responder pelos crimes de homicídio qualificado, aborto e ocultação de cadáver.


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