08/07/2014 às 07h54min - Atualizada em 08/07/2014 às 07h54min

Suposto argentino já esteve preso em Floriano

Estrangeiro é na verdade um golpista

Portal O Dia/Gilbués

O estrangeiro Adolfo Arapa Huillcahuaman, que estava em Gilbués, região sul do Piauí, desde quinta-feira (03), foi preso em Floriano no início de junho, sob a acusação de ameaça. Ele desembarcou em Gilbués dizendo que veio ao Brasil para a Copa do Mundo, mas estava perdido depois que teve os documentos roubados em Goiânia.

Segundo a delegada da mulher de Floriano, Luana Alves, Adolfo foi preso porque estaria ameaçando a companheira e obrigando-a a se prostituir para conseguir dinheiro. "A denúncia era de que ele ameaçava a mulher de morte e que ela já havia sido agredida fisicamente”, disse a delegada.

Adolfo não possui documentos e foi preso como peruano. “Quando a mulher veio fazer a denúncia, disse que se envolvia com ele há sete meses e estava grávida de seis meses. Ele vive de seduzir as mulheres e depois tirar dinheiro delas”, conta Luana Alves.

Antes de ser preso, o estrangeiro conseguiu enganar até um capitão do Ronda Cidadão. Segundo a delegada, o policial se reuniu com outros, juntaram dinheiro e deram a Adolfo uma passagem para Goiás. Chegaram a acompanhá-lo até a rodoviária de Floriano, mas lá o estrangeiro conheceu a mulher e desistiu da viagem.

Depois que denunciou Adolfo, a vítima passou a viver escondida e agora que ele foi solto, ela teme pela própria vida. “O crime de ameaça não permite que a pessoa fique presa por muito tempo”, justificou a delegada.

Na sexta-feira (04), o PortalODIA.com recebeu a denúncia de que o suposto argentino já teria passado pelos municípios de Oeiras, Inhuma e Cajazeiras do Piauí, sempre com a história de que estava perdido e precisando de dinheiro. Em entrevista por telefone, Adolfo declarou que precisava de pelo menos R$ 2.500, até o dia seguinte, para voltar à Argentina.

Ele estava hospedado em uma pousada, por conta da prefeitura de Gilbués, que planejava pagar uma passagem para o estrangeiro chegar até a cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, que faz divisa com a Argentina. Contudo, segundo a proprietária da pousada, Josefa de Souza, Adolfo não aceitou a passagem e disse que ficaria em Gilbués para conseguir emprego. “Mas eu já estava com medo, porque achei que ele era mesmo um falsário. Disse que não queria mais ele aqui”, conta Josefa.

Ela acrescenta que a prefeitura decidiu pagar uma passagem para Adolfo vir a Teresina na empresa de ônibus Transbrasiliana. Moradores de Gilbués ainda se juntaram e deram mais R$ 100,00 para o estrangeiro.


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