04/07/2013 às 18h15min - Atualizada em 04/07/2013 às 18h15min

Prefeito Jesualdo Cavacanti fala sobre melhorias em Corrente

"Eu quero é que as coisas aconteçam", enfatizou o prefeito

Portal Corrente

PC: Prefeito, como foi possível iniciar a duplicação da BR 135, no perímetro urbano de Corrente, antes da ExpoCorrente?

Na verdade esta reforma da BR 135, de Elizeu Martins até a divisa com a Bahia,  é um projeto muito antigo, se eu não me engano de 1998. O que eu consegui foi uma antecipação. Está previsto neste projeto uma intervenção em todas as cidades, para melhorar as condições de trafegabilidade próximo aos centros urbanos, assim como melhorar o aspecto das cidades. É um projeto do Governo Federal, e o meu mérito foi exclusivamente o de antecipar a vinda desta obra, dada a grande necessidade de nosso município, devido ao mau aspecto neste trecho e a vinda da ExpoCorrente agora em julho. Eu consegui junto à direção da Sucesso, assim como com o DENIT, que se antecipasse esta obra.

PC:A construção do matadouro está próxima?

O matadouro, logo nos primeiros dias da minha gestão, na primeira audiência que eu tive com o governador, eu formalizei o pedido do matadouro, porque é uma necessidade premente aqui em Corrente. Aqui se abate o animal em qualquer lugar e de qualquer jeito, e se transporta e se vende também de qualquer jeito, que é a coisa mais absurda. Eu tenho um documento, que é o Código de Postura de Corrente, que data do ano de 1875, dois anos após a instalação do município, que já, disciplinava como deveria ser morto o gado, como deveria ser exposta a carne e a que horas ela deveria ser vendida. Não se concebe que depois de tantos anos Corrente não observe em nada em termos de higiene no abate e na venda do gado.

Já havia um projeto de um matadouro aqui, mas não foi dado continuidade pelo último gestor. O projeto estava praticamente pronto, faltando apenas as câmaras frigoríficas e o carro frigorífico para o transporte adequado. O ex-prefeito recebeu nos primeiros dias de sua gestão cerca de R$ 500 mil reais para terminar as instalações e não sei por que não terminou. Onde era para ser o matadouro se transformou numa garagem para os caminhões da prefeitura e a cidade ficou sem o matadouro. Então há a necessidade de regularizar essa situação assim como a pasteurização do leite, que houve um retrocesso. Depois de se ter o processo funcionando por mais de 10 anos  voltou-se a consumir o leite in natura e a distribuir de qualquer forma. Este é mais um desafio que nós vamos ter que enfrentar.

PC:Já existe um local definido para construir o matadouro?

Nós já conseguimos o terreno para a construção e o estado vai executar a obra, assim como tem feito em diversos municípios do Piauí; este inclusive foi um de meus argumentos para solicitar esta obra para Corrente. Uma das condições para a instalação do matadouro é que no local haja água em abundância, e este é o único problema que nós temos, e como o estado é quem vai abrir este poço a nossa missão aqui era o de comprar o terreno. Este terreno não pode ficar menos de 3 km da área urbana do município e não pode ficar a menos de mil metros de rio. Temos aqui em Corrente a região da Santa Marta, onde sabemos que a água é abundante,  porém é muito habitada, o que não seria muito conveniente; temos a região em direção ao município de Cristalândia, que sabemos que não tem muita água, pois diversos poços não deram certo, e em direção ao município de Parnaguá, o Dr. Hélio Paranaguá identificou uma área que pertencia ao Instituto Batista que consideramos adequada. Assim que o estado receber a documentação necessária do terreno, será aberta a licitação para a execução da obra. Posteriormente lutaremos pela aquisição do veículo, pois de nada adianta termos um matadouro dentro dos padrões de higiene e não possuirmos um veículo adequado para transportar essa carne. Igualmente poderemos exigir de todos os estabelecimentos que se enquadrem dentro dos padrões de higiene necessários, pois hoje a Vigilância Sanitária não pode intensificar a fiscalização justamente pela falta do matadouro. Hoje temos carne exposta aos insetos, ao tempo, ao sol, à poeira e isso não é adequado.

PC:A estrada que dará acesso a Serra das Mangabeiras sairá do papel?

Com relação à esta estrada, ela de certa forma já saiu do papel, pois já teve um processo iniciado. Não foi concluído porque os recursos foram mal dimensionados; era uma obra muito além do que foi estimado. Naquele tempo a prefeitura tomou a frente da obra e conseguiu verba federal. Se fosse eu, preferiria que o estado executasse a obra, pois era uma obra de uma dimensão nunca antes vista em Corrente. Vieram tratores imensos para cá, que as pessoas nunca tinham visto. 

Então este projeto está sendo elaborado pela Secretaria de Transportes do Governo do Estado, com o cuidado também de que, se for iniciada logo a reconstrução da estrada que ela seja cercada de segurança, pois estamos falando de uma serra de arenito, muito frágil, onde todo cuidado deve ser tomado para proteção das nascentes. Será dado todo um tratamento especial com relação à drenagem e escoamento das águas pluviais, também visando proteger as áreas onde nascem os nossos rios. É também uma obra cara, que eu espero que o Governo do Estado assuma.

PC:No que será benéfica a construção desta estrada?

Hoje nós temos dois parques de muita repercussão no mundo, um é o Parque Estadual do Jalapão, no Tocantins, que atrai turistas que têm preferência pelo turismo ecológico, com a prática inclusive de esportes radicais, ou seja, é um turista de alto poder aquisitivo. O outro é o Parque Nacional da Serra da Capivara, aqui no Piauí, que contém as inscrições rupestres e pelo fato de ter sido encontrado o homem mais antigo das Américas, mudando inteiramente a concepção humana do continente, atrai muitos estudiosos e turistas estrangeiros. Então isso tem uma importância muito grande, e o que se quer é criar esse corredor turístico. Com relação aos grãos que são cultivados na serra, seríamos beneficiados sobre aqueles que vão para Fortaleza.

Outra questão muito importante é o fato de que o Piauí não pode mais ficar ilhado, isolado das outras regiões. Com a construção desta estrada estaremos também diminuindo a distância entre Corrente e Palmas, por exemplo, que acabará sendo a capital mais próxima de nosso município, fortalecendo possivelmente o comércio entre as duas cidades.

PC:O senhor gostaria de registrar algo mais?

Eu gostaria apenas de colocar que eu não vou entrar nessa guerra de dizer quem fez e quem não fez, eu quero é que as coisas aconteçam. Agora eu espero que esses que se julgam donos das coisas que nunca chegaram antes em Corrente e que estão chegando agora,  que não queiram assumir o patrocínio da construção da Igreja do Divino Espírito Santo, porque pode chegar ao ponto de dizer que construíram a Igreja também! Eu não entro nessa guerra, eu nunca disse que fiz isso ou que fiz aquilo, mas estou batalhando e muito. Fui inúmeras vezes à Sucesso, que é a empresa que ganhou a licitação para manutenção da BR 135, em que todas as cidades serão contempladas com essa reconstrução e meu único mérito foi o de me valer de amizades para adiantar este processo para Corrente, dadas as circunstâncias. Desde os primeiros dias tenho estado junto ao governador, levando as principais necessidades do nosso município. Então o que eu quero, na realidade, é que as coisas comecem a acontecer em Corrente. 


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