05/09/2013 às 11h41min - Atualizada em 05/09/2013 às 11h41min

Grupo acusado de estelionato usava carros de luxo para aplicar golpes no Piauí

Os envolvidos fingiam ser militares e usavam carros de luxo para passar credibilidade às vitimas dos golpes

UOL

A Polícia Civil do Piauí descobriu um esquema de estelionato aplicado por um grupo de 15 pessoas. Os envolvidos fingiam ser militares e usavam carros de luxo para passar credibilidade às vitimas dos golpes.

Cinco pessoas foram presas na noite desta terça-feira (3), mas apenas uma continua detida no 12º DP (Distrito Policial), em Teresina. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Piauí, Fabrício Dourado Gonçalves, está detido sob a acusação de liderar a quadrilha. No momento em que Gonçalves foi preso estava dirigindo um BMW com placa de Brasília. O BMW foi apreendido junto com um Ford Fusion com placa de São Luís.

De acordo com o delegado do 12º DP, Ademar Canabrava, as investigações apontaram que Gonçalves se apresentava como major da PM e oferecia "serviços de facilitação" no Detran, como retirada de multas e emissão de segunda via de documentos. Os carros de luxo eram usados para "impressionar" as vítimas.

"As vítimas eram induzidas a pagar adiantado pelo serviço e o grupo sumia com o dinheiro. As negociações ocorriam em locais públicos e os acusados usavam carros de luxo para impressionar as vítimas e 'passar credibilidade'", disse o delegado.

A polícia disse que o grupo passava vários cheques sem fundo para manter o padrão de luxo que vivia e fazer novas vítimas. Segundo as investigações, ao menos dez vítimas da quadrilha registraram boletim de ocorrência no 12º DP. Conforme o delegado, uma das vítimas, que caiu no golpe da retirada de multa esta semana, pagou R$ 4.000 para retirar R$ 12 mil em multas de um veículo. O bando falsificava crachás de órgãos públicos, como do Tribunal de Justiça e da Receita Federal. Há suspeita de envolvimento de funcionários do Detran e do tribunal nos golpes.

A polícia informou ainda que a maioria dos acusados está foragida e utiliza documentos falsos para não ser identificada. "Eles também negociavam vendas de supostas cargas apreendidas a preço abaixo do valor do mercado e um dos compradores chegou a pagar R$ 40 mil, mas não recebeu a mercadoria", contou o delegado.

UOL tentou contato do advogado de Gonçalves, mas não obteve retorno.


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